CURSO DE MEDIUNIDADE
Associação Paz e Amor
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
APA- ASSOCIAÇÃO PAZ E AMOR
Org. – Guido Pinheiro
Inicio: Setembro de 2010
Final: Maio de 2011
Objectivo
Vamos dar início a mais um curso sobre mediunidade, característica mediúnica inerente ao ser
humano.
Procuraremos mostrar novos pontos de vista sobre a mediunidade e reciclar a matéria dada em
cursos anteriores, tendo como finalidade aprofundar, cada vez mais, os conhecimentos sobre esta
faculdade que faz parte do aperfeiçoamento espiritual do ser humano e que, por desconhecimento, tanto
sofrimento provoca, principalmente naqueles que a desconhecem.
Se, quando aparece a mediunidade, esta não for empregue de modo útil, pode dar-se o caso de,
no decorrer da existência, os sintomas surgirem repentinamente e por diversos modos, segundo os tipos
de mediunidades.
Este curso tem, não só a função de preparar todos os trabalhadores deste Centro para as tarefas
de amor ao próximo, mas também ajudar todos aqueles que são portadores de mediunidade mais ou
menos ostensiva, faculdade esta, muitas vezes desconhecida por eles mas que os levam a encontrar a
razão do porquê dessa faculdade.
Todos devemos procurar estudar essa faculdade, mas com maior urgência aqueles que sofrem
por esse motivo e, como tal, os obriga a encontrar o caminho que leve a atenuar esse sofrimento.
Pede-se a todos os participantes deste curso que, para seu bem e para a prática do amor ao
próximo, se devem dedicar o máximo possível a este estudo.
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Conteúdo
Objectivo ................................................................................................................................................1
LIÇÃO Nº 1 ...............................................................................................................................................6
I – Introdução .........................................................................................................................................7
1 - ASPECTO GERAL:......................................................................................................................7
2 - CONCEITO DOUTRINÁRIO:.....................................................................................................7
3 - REFERÊNCIAS:...........................................................................................................................7
II - Natureza da Mediunidade.................................................................................................................8
1 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA:........................................................................8
2 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL:.................................................8
3 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO: ...........................................9
4 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO: ..................................................................9
5 - REFERÊNCIAS:...........................................................................................................................9
III - Minigrupo (Lição n.1) ...............................................................................................................10
IV - Teste (Lição n.1) .......................................................................................................................11
LIÇÃO Nº 2 .............................................................................................................................................12
V - Espírito, Corpo, Perispírito ............................................................................................................13
1 - DEUS – ESPÍRITO – MATÉRIA - FLUIDO CÓSMICO: ........................................................13
2 - CORPO - ESPÍRITO - PERISPÍRITO: ......................................................................................14
3 - O PERISPÍRITO: ........................................................................................................................14
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................15
VI- Da Identificação dos Espíritos .......................................................................................................16
1 - INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................16
2 - LÓGICA, BOM SENSO, RAZÃO: ............................................................................................16
3 - DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS: .......................................................................................16
4 - APARÊNCIA:.............................................................................................................................17
5 - ESTADO VIBRACIONAL: .......................................................................................................18
6 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................18
VII Minigrupo (Lição n.2)................................................................................................................19
VIII Teste (Lição n.2).......................................................................................................................20
LIÇÃO Nº 3 .............................................................................................................................................21
IX - Mecanismos das Comunicações ...................................................................................................22
1 - INTRODUÇÃO: .........................................................................................................................22
2 - PROCESSO MENTAL:..............................................................................................................22
3 - SINTONIA (VIBRAÇÕES COMPENSADAS):........................................................................22
4 - RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES: ..........................................23
5 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................24
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X- Minigrupo (Lição n.3) .................................................................................................................25
XI- Teste (Lição n.3) ........................................................................................................................26
LIÇÃO Nº 4 .............................................................................................................................................27
XII - Classificação Mediúnica..............................................................................................................28
1 - EFEITOS FÍSICOS:....................................................................................................................28
2 - SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS:..................................................................................29
3 - AUDITIVOS: ..............................................................................................................................29
4 - VIDÊNCIA: ................................................................................................................................29
5 - FALANTES OU PSICOFÓNICOS: ...........................................................................................30
6 - SONÂMBULOS: ........................................................................................................................31
7 - CURADORES:............................................................................................................................31
8 - PSICOGRAFIA:..........................................................................................................................32
9 - POLIGLOTAS: ...........................................................................................................................32
10 - PRESSENTIMENTOS: ............................................................................................................32
11 - INTUIÇÃO: ..............................................................................................................................33
12 - REFERÊNCIAS:.......................................................................................................................33
XIII- Minigrupo (Lição n.4) .............................................................................................................34
XIV- Teste (Lição n.4) .....................................................................................................................35
LIÇÃO Nº 5 .............................................................................................................................................36
XVI - A Casa Mental ...........................................................................................................................37
1 - AS TRÊS PARTES DA MENTE: (2).........................................................................................37
2 - A CASA CONSTRUÍDA POR FREUD: (2)..............................................................................37
3 - O SISTEMA NERVOSO É A CASA DE FREUD: (pág. 42.) (1) .............................................37
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................37
XVII - Reflexo Condicionado ..............................................................................................................38
1 - CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................38
2 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................38
XVIII - Influência Moral do Médium ..................................................................................................39
1 - AFINIDADE: ..............................................................................................................................39
2 - MÉDIUM PERFEITO: ...............................................................................................................40
3 - REPELIR DEZ VERDADES A ACEITAR UMA FALSIDADE:.............................................41
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................41
XIX- Minigrupo (Lição n.5).............................................................................................................42
XX- Teste (Lição n.5).......................................................................................................................43
LIÇÃO Nº 6 .............................................................................................................................................44
XXI - Da Influência do Meio ...............................................................................................................45
1 - COMUNICAÇÕES QUE ESPELHAM AS IDÉIAS PRESENTES: .........................................45
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2 - SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS NATURAIS: .....................................................................46
3 - HOMOGENEIDADE DE PENSAMENTOS: ............................................................................47
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................48
XXII - Educação Mediúnica ................................................................................................................48
1 - ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA: .............................................................................................48
2 - ROTEIRO EVANGÉLICO:........................................................................................................49
3 - EXERCÍCIOS PSÍQUICOS:.......................................................................................................49
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................49
XXIII- Minigrupo (Lição n.6) ..........................................................................................................50
XXIV Teste (Lição n.6)....................................................................................................................51
LIÇÃO Nº 7 .............................................................................................................................................52
XXV - Exercício Mediúnico ................................................................................................................53
1 - CONDIÇÕES FÍSICAS: Idade - Saúde - Equilíbrio Psíquico....................................................53
2 - PREPARAÇÃO CONSTANTE: Alimentação - emoções - atitudes ..........................................53
3 - PREDISPOSIÇÃO EVANGÉLICA: Auto-educação.................................................................54
4 - SEGURANÇA COM NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE - Local para o exercício mediúnico
- prudência - simplicidade. ...............................................................................................................55
5 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................56
XXVI - Animismo................................................................................................................................57
1 – Classificação dos Fenómenos Mediúnicos Segundo AKSAKOF ..............................................57
2 - EXPLICAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA:...................................................................................57
3 - O MECANISMO DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS:...........................................................58
4 - CORRELACIONAMENTO ENTRE ESPIRITISMO E ANIMISMO.......................................58
5 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................59
XXVII Minigrupo (Lição n.7) ..........................................................................................................60
XXVIII Teste (Lição n.7) .................................................................................................................61
LIÇÃO Nº 8 .............................................................................................................................................62
XXIX - Mediunidade e Prece...............................................................................................................63
1 - ASPECTO FORMAL .................................................................................................................63
2 - ASPECTO CIENTÍFICO............................................................................................................64
2 - MECANISMO DA PRECE ........................................................................................................64
3 – Mecanismo de funcionamento da prece. ....................................................................................65
4 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................66
XXX- Minigrupo (Lição n.8) ...........................................................................................................67
XXXI- Teste (Lição n.8) ..................................................................................................................68
LIÇÃO Nº 9 .............................................................................................................................................69
XXXII - Da Influência dos Espíritos nas Nossas Vidas.......................................................................70
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1 - INFLUÊNCIAS OCULTAS OU OSTENSIVAS:......................................................................70
2 - INFLUÊNCIAS BENÉFICAS OU PERNICIOSAS: .................................................................70
3 - OBSESSÃO: ...............................................................................................................................70
4 - O TRATAMENTO DA OBSESSÃO: ........................................................................................72
e) Reequilíbrio familiar ....................................................................................................................72
Nota Final .........................................................................................................................................73
5 - REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................73
XXVII Minigrupo (Lição n.9) ..........................................................................................................74
XXXIV- Teste (Lição n.9)................................................................................................................75
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 1
I– Introdução
II- Natureza da Mediunidade
III- Mini Grupos
IV- Teste
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I – Introdução
1 - ASPECTO GERAL:
Relembremos o conceito de mediunidade, conforme o codificador Allan Kardec:
“Quem sentir a influência dos Espíritos, seja em que grau for, é, médium”. E acrescenta: “Esta
faculdade é inerente ao homem, e por isso, não constitui um privilégio exclusivo de ninguém”.
A mediunidade é, essencialmente, afinidade, sintonia, criando a possibilidade de se dar um intercâmbio
espiritual entre indivíduos que se encontrem na mesma faixa de emoção e de pensamento.
A definição de mediunidade remete-nos portanto, para a questão da assimilação das correntes mentais e
para o problema da sintonia, inerente aos pensamentos e emoções.
Todos os homens nas suas actividades, profissões e associações são instrumentos das forças a que se
dedicam, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e
ideias de que se nutrem. O homem e a mulher, abraçando o matrimónio por escola de amor e trabalho,
honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a harmonia universal, nele se transformam
em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos
adversários de ontem, convertidos na célula familiar em filhos e irmãos. Além do lar, será difícil
identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura.
2 - CONCEITO DOUTRINÁRIO:
Kardec define:
MEDIUNIDADE: Faculdade dos médiuns.
MÉDIUNS: (do latim - médium, meio, intermediário) pessoa que pode servir de intermediária entre os
dois planos da vida, ou seja, entre os ESPÍRITOS e os HOMENS (2)
Segundo André Luiz, mediunidade é o atributo de homem encarnado, para se corresponder com o
homem liberto do corpo físico. (1)
Embora aceites em sentido mais amplo por vários autores nos nossos estudos, conceituaremos, de um
modo geral, os FENÓMENOS MEDIÚNICOS como aqueles que se reconhecem numa causa extra
física, supra terrestre, isto é, fora da esfera de nossa existência física, portanto, FENÓMENOS
ESPIRITAS, se processam com a intervenção dos espíritos desencarnados.
3 - REFERÊNCIAS:
(1) “Evolução em Dois Mundos”
(2) “O Livro dos Médiuns”.
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II - Natureza da Mediunidade
1 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA:
É fácil observar-se que a mediunidade, embora una na sua essência (faculdade que permite ao homem
encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto à sua natureza, ou razão de ser; variando
de indivíduo para indivíduo.
Assim, destacamos:
a- MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL - Edgard Armond a define: “À medida que evolui e
se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta consequentemente a sua percepção
espiritual. A isso denominamos mediunidade natural. (1)”.
b- MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em carácter
precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a
dos seus semelhantes.
Preparado intencionalmente no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico,
abençoada oportunidade de trabalho.
c- MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas comprometidas grandemente em
virtude do mau uso do seu livre arbítrio anterior (em existências anteriores), a sensibilidade psíquica
apurada é imposta ao médium como oportunidade para o pagamento dos seus actos menos felizes do
seu passado, com vista à sua libertação futura.
Esta mediunidade se manifesta à revelia do ser e geralmente causa-lhe sofrimentos aos quais não se
pode furtar.
A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estágio de subjugação.
d- MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos,
excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano
espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título
de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade.
2 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL:
A sensibilidade mediúnica oriunda do trabalho persistente do espírito é resultado de seu próprio
esforço.
Como toda a conquista espiritual, exige persistência e o seu aperfeiçoamento se faz através das
reencarnações, seguidas de idêntico empenho no plano espiritual.
Conquistada essa sensibilidade, transforma-se num atributo do espírito - património intransferível da
sua individualidade.
Isenta dos percalços naturais, inerentes às provas e expiações, a sensibilidade psíquica conquistada é de
carácter definitivo. O seu exercício não acarreta sofrimentos e permite o intercâmbio espontâneo com
as entidades espirituais, sem necessidade do trabalho mediúnico de carácter obrigatório.
Por estar ao alcance de todos, lentamente, caminhamos para a conquista deste atributo, através do qual
contaremos com maiores recursos de identificação com o plano espiritual.
A expressão fenómeno característica das demais manifestações mediúnicas cede lugar a INTUIÇÃO
pura e simples e as incursões da alma no plano extra-físico.
A sua característica principal é, portanto, a INTUIÇÃO.
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3 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO:
A sensibilidade mediúnica é concedida como uma oportunidade de trabalho para o ser.
Conferida em carácter transitório, por empréstimo, segundo programação no plano espiritual, antes do
reencarne do médium, pode ser suspensa por iniciativa da própria espiritualidade, consoante o uso que
dela fizer.
O seu despertar é quase sempre cercado de recursos alertadores, com vistas à segura orientação do
médium.
Respeitado o livre arbítrio do médium, este pode ou não atender ao compromisso assumido na
espiritualidade. Dispondo-se ao exercício mediúnico, além da aprendizagem natural e excelente
oportunidade de serviço, conta o médium com as possibilidades de se reajustar frente aos problemas do
seu passado. Recusando-se ao trabalho, no entanto, normalmente, retorna ao plano espiritual mais
comprometido, em virtude do menosprezo da oportunidade que lhe foi concedida.
4 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO:
A sensibilidade mediúnica é imposta ao médium para reajustes necessários, determinados pelos seus
actos menos dignos do passado de culpas. Manifesta-se independente da vontade actual do médium e
muitas vezes à sua própria revelia. Pelo seu carácter expiatório, pode cercar-se de determinados
sofrimentos físico-psíquicos, que serão amenizados, ou mesmo eliminados pela persistência do seu
portador no trabalho mediúnico, dentro das Leis Divinas.
Independente de qualquer iniciativa visando ao seu desenvolvimento, a mediunidade surge, nem
sempre branda, às vezes, violentamente, surpreendendo o próprio médium e aqueles que o cercam.
Logo que surja esta manifestação, deve o médium ingressar numa reunião de EDUCAÇÃO
MEDIÚNICA para melhor capacitar-se no devido controlo das suas faculdades, com vista ao seu
exercício cristão.
Em geral manifesta-se sob o aspecto de obsessão e, se o médium não procura os recursos evangélicodoutrinários
indispensáveis à sua auto-educação, pode cair nas tramas da subjugação.
5 - REFERÊNCIAS:
(1) “Mediunidade”.
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III - Minigrupo (Lição n.1)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) O que diz o Conceito de mediunidade, conforme o codificador Allan Kardec.
b) Definam o que se entende por afinidade e sintonia.
c) Definam o que é ser médium.
d) Qual a finalidade da mediunidade no ser humano?
e) Os fenómenos Espíritas têm a intervenção de quem?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2 .
a) O que se considera “Mediunidade Própria ou Natural”?
b) Que função tem para o ser humano a “Mediunidade de Prova ou Trabalho”?
c) Qual a intenção para os homens a “Mediunidade e Expiação”
d) O que se considera “Médiuns Missionários”
e) Como se faz toda a conquista espiritual?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) O que leva a criação da característica “Intuição”?
b) A mediunidade de trabalho pode ser suspensa. Porquê?
c) Pode recusar o médium o exercer a mediunidade. Quais as suas consequências?
d) Pode o trabalho mediúnico do médium amenizar os sofrimentos de carácter expiatório?
e) O que deve fazer o médium, sem formação, para não cair nas tramas da subjugação?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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IV - Teste (Lição n.1)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- A definição da mediunidade é:
( ) a- Falar com espíritos.
( ) b- Afinidade e sintonia.
( ) c- Amor e vingança.
( ) d- Privilégio Divino.
1.2 A mediunidade é uma faculdade:
( ) a- Do ser humano.
( ) b- Do espírita.
( ) c- Do médium
( ) d- Não existe.
1.3- Os fenómenos espíritas tem a intervenção de:
( ) a- Espíritos desencarnados.
( ) b- Encarnados e desencarnados.
( ) c- Um corpo morto.
( ) d- Ilusionismo.
1.4- A mediunidade de Expiação é:
( ) a - Castigo da Lei Divina.
( ) b- Bondade da Lei Divina.
( ) c- Natural da vida.
( ) d- Maldade dos maus espíritos.
1.5- Pode a mediunidade de prova ou trabalho ser suspensa. Porquê?
( ) a- Por vontade própria.
( ) b- Pela espiritualidade.
( ) c- Por vontade dos familiares.
( ) d- Por imposição de uma obsessão.
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LIÇÃO Nº 2
V– Espírito, Corpo e Perispírito
VI -Da Identificação dos Espíritos
VII- Mini Grupos
VIII- Teste
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V - Espírito, Corpo, Perispírito
1 - DEUS – ESPÍRITO – MATÉRIA - FLUIDO CÓSMICO:
Para melhor compreensão do fenómeno mediúnico, é importante que se estabeleça a interdependência
entre o corpo, o perispírito e o Espírito. Para tanto, é imprescindível que aceitemos seguramente a
existência e sobrevivência deste.
Alam Kardec afirma: Antes de travarmos qualquer discussão espírita importa que indaguemos
se o nosso interlocutor conta com esta base:
CRER EM DEUS
CRER NA IMORTALIDADE DA ALMA
CRER NA SOBREVIVÊNCIA DA VIDA APÓS A MORTE
Sem isso seria inútil ir além, seria como querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não a
admitisse. (1)
Assim sendo, relembremos, com a Doutrina Espírita:
DEUS:
Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Nosso pai e criador.
ESPÍRITO:
Princípio inteligente do universo. O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados
ESPÍRITOS; do mesmo modo que o elemento material individualizado constitui os diversos corpos da
natureza, orgânicos e inorgânicos.
MATÉRIA:
Princípio que dá origem e formação aos corpos. Instrumento de que se serve o Espírito e sobre o qual
ao mesmo tempo exerce a sua acção.
FLUIDO CÓSMICO:
Desempenha papel de intermediário entre o espírito e a matéria, propriamente ditas, por demais
grosseira para que o Espírito possa exercer directamente acção sobre ela.
É fluido, como a matéria é matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a
acção do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conhecemos uma parte
mínima. Este fluido universal, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio, sem o qual, a
matéria estaria em perpétuo estado de desagregação e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade
lhe dá. (2)
Abstraindo-se o Espírito, de tudo o que existe no Universo é oriundo do fluido cósmico, não só o
princípio material, quanto as leis que o regulam, tudo nele se alicerça. O fluido magnético e o fluido
vital são apenas algumas das inúmeras modificações do fluido cósmico.
Pela sua característica de extrema maneabilidade e variadas funções, podemos dizer que se a matéria é
manipulada pelo homem, os seres fluídicos são elaborados mentalmente pelos Espíritos (encarnados ou
desencarnados), uma vez que o fluido obedece ao seu comando mental.
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André Luiz assim o conceitua: “O Fluido cósmico é o plasma divino, partícula do criador ou força
nervosa do Todo Sábio. Neste elemento primordial vibram e vivem constelações e sóis, mundos e
seres, como peixes no oceano”. (3)
2 - CORPO - ESPÍRITO - PERISPÍRITO:
Quando encarnado, o homem é constituído por:
CORPO FÍSICO- Componente material análogo ao dos animais:
É, ao mesmo tempo, invólucro e instrumento de que se serve o Espírito.
De vida efémera, sujeita-se às transformações da matéria.
À medida que o Espírito adquire novas aptidões, pelas reencarnações, utiliza-se de corpos físicos mais
aperfeiçoados, condizentes com suas novas necessidades.
ESPÍRITO- Alma ou componente imaterial:
O progresso é a sua condição normal e a perfeição a meta a que se destina.
Imortal, preexiste e subsiste ao corpo físico que lhe serve de instrumento.
Retornando ao Plano Espiritual, após o desencarne, conserva a sua individualidade, preparando-se para
novas metas na sua ascensão evolutiva.
PERISPÍRITO:
Envoltório fluídico de que se serve o Espírito nas suas manifestações extrafísicas.
Semi-material, participa ao mesmo tempo da matéria pela sua origem e da espiritualidade pela sua
natureza etérea.
Corpo espiritual que durante a reencarnação serve de elo entre o corpo físico e o Espírito.
3 - O PERISPÍRITO:
O Perispírito, ou corpo fluídico, também conhecido como corpo astral, psicossoma, corpo celeste e
outras denominações, é o corpo de que se serve o Espírito como veículo de sua manifestação no Plano
Espiritual e como intermediário entre o corpo e o espírito quando encarnado.
Para melhor entendimento do perispírito, analisaremos este assunto sob os seguintes prismas:
constituição, função, apresentação e propriedades.
CONSTITUIÇÃO:
De natureza subtil, o perispírito é constituído do FLUIDO UNIVERSAL inerente ao globo em que
estagia, razão porque não é idêntico em todos os mundos.
A sua natureza está em relação directa com o grau de adiantamento moral do Espírito; daí decorre que
o mesmo se modifica e se aprimora com o progresso moral que conquiste.
Enquanto as entidades superiores formam o seu perispírito com os fluidos mais etéreos do plano em
que estagiam, as inferiores formam dos fluidos mais densos, ou grosseiros, pelo que, seu perispírito
chega a confundir-se, na aparência com o corpo físico.
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FUNÇÃO:
O Espírito pela sua essência é um ser abstracto, que não pode exercer acção directa sobre a matéria
bruta. Precisa de um elemento intermediário (fluido universal), daí a necessidade do envoltório fluídico
- o perispírito.
O perispírito faz do Espírito um ser definido, tornando-o capaz de actuar sobre a matéria tangível. É,
assim, o traço de união entre o Espírito e a matéria.
Quando encarnado, o Espírito vale-se do perispírito para actuar sobre o corpo e sobre o meio ambiente
e, por seu intermédio, recebe sensações dos mesmos.
Despojado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito permanece com o perispírito, veículo da sua
manifestação no Plano Espiritual.
APRESENTAÇÃO:
O perispírito toma a forma que o Espírito queira.
Actuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e da vontade, os Espíritos imprimem a
esses fluidos tal ou qual direcção: Aglomeram-nos, combinam ou dispersam, formam conjuntos de
aparência, forma e cores determinadas.
Essas transformações, obedecendo a vontade do Espírito, permitem-lhe ter ou apresentar-se com a
forma que mais lhe agrade. Podendo, num dado momento, alterar a sua aparência instantaneamente.
Essas transformações podem ser o resultado de uma intenção ou do produto de um pensamento
inconsciente. Se num ambiente o Espírito apresenta-se com a aparência de sua última existência, pode,
inconscientemente, modificar-se no recinto; algo, ou alguém o faz recordar-se de uma precedente
reencarnação. Rapidamente desliga o seu pensamento do passado, retorna à aparência actual. (4)
PROPRIEDADES:
Um Espírito pode, portanto, apresentar-se ao médium com a aparência de uma existência remota
(vestuário ou outros sinais característicos da época, inclusive cicatrizes, etc), embora isto não signifique
que ele conserve normalmente essa aparência, mas sim a de vidas posteriores (geralmente a última
experiência na Terra).
Mesmo um Espírito apenas intelectualmente desenvolvido, embora moralmente atrasado, pode
apresentar-se ao médium sob a aparência que deseje (pela disposição do seu pensamento), até mesmo
de uma outra entidade, num processo de mistificação espiritual.
Normalmente, o perispírito retrata a condição íntima do Espírito, razão pela qual, coagido por um
estado de consciência de culpa, este se apresenta produzindo inibições, defeitos, aleijões, ou outros
problemas, dos quais, embora o desejasse, não se pode furtar.
4 - REFERÊNCIAS:
(1) “O Livro dos Médiuns”.
(2) “O Livro dos Espíritos”.
(3) “Evolução em Dois Mundos”.
(4) “A Génese Segundo o Espiritismo”.
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VI- Da Identificação dos Espíritos
1 - INTRODUÇÃO
“Amados não creiais a todo o Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus”.
(I João 4:1)
“No que respeita às instruções gerais que nos trazem os Espíritos, o principal é o ensino que nos
proporciona e não o nome sob o qual se apresentam”.
ALLAN KARDEC
“Se a individualidade do espírito nos pode ser indiferente, o mesmo não se dá quanto às suas
qualidades.
É bom ou mau o Espírito que se comunica? Eis a questão. ”ALLAN KARDEC
2 - LÓGICA, BOM SENSO, RAZÃO:
A identificação do Espírito pelo nome não deve constituir preocupação do médium ou dos
frequentadores da reunião, pois, o mais importante é o teor dos ensinos que nos transmitem, seja qual
for o nome ou a forma sob a qual se apresenta o comunicante.
Devemos considerar que, se o Espírito pode imprimir ao seu perispírito a forma que queira, este poderá
apresentar-se sob a aparência de outra entidade, ou para insinuar maior confiança ao médium, ou com o
fim deliberado de enganar.
O mesmo se dá quanto ao nome com o qual se comunica, pois, nenhuma referência dispomos para
comprovar a sua autenticidade, senão o teor de sua mensagem, condizente ou não com o nome
indicado.
Será prudente, portanto, frente a qualquer comunicante, ainda que se apresente como é ou um dos guias
da reunião, analisar rigorosamente o teor da comunicação, aceitando apenas e exclusivamente, aquilo
que esteja dentro da lógica, do bom senso e da razão.
3 - DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS:
A respeito da identificação dos Espíritos transcrevemos algumas recomendações de “O Livros dos
Médiuns”, para nossa meditação.
A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado.”
“Apreciam-se os Espíritos pela linguagem que usam e pelas suas acções. Estas se traduzem pelos
sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão”.
“A linguagem dos Espíritos Elevados é sempre idêntica senão quanto à forma, pelo menos quanto ao
fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo o lugar.”
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“Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correcção de estilo. É
preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem
prevenção.”
“Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não
sabem.”
“Os bons espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam de aconselhar.”
“Nunca, qualquer que seja o caso, deixam de objectivar um fim sério e eminentemente útil.”
“Os bons Espíritos só prescrevem o bem. Nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são
escutados, retiram-se.”
“Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva.”
“PARA JULGAR OS ESPÍRITOS, COMO PARA JULGAR OS HOMENS É PRECISO, PRIMEIRO,
QUE CADA UM SAIBA JULGAR-SE A SI MESMO.”
A linguagem dos Espíritos inferiores ou vulgares existe sempre algo que reflectem paixões
humanas.
“Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja
qual for o nome com que ostente o Espírito.”
“Deve-se desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente
venerados, e não aceitar o que dizem, senão com muita reserva.”
“Reconhecem-se os Espíritos levianos pela facilidade em que predizem o futuro e precisam factos
“materiais que não nos é dado ter conhecimento.”
“Qualquer recomendação que se afaste da linha recta do bom senso, ou das leis imutáveis da Natureza,
denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.”
“Máxima, nenhum conselho que não se conforme estritamente com a pura caridade evangélica pode ser
obra de bons Espíritos.”
“Os conhecimentos de que alguns Espíritos se apresentam, às vezes, com uma espécie de ostentação,
não constituem sinal de superioridade deles.”
“A inalterável pureza dos sentimentos é, para esse respeito, a verdadeira pedra de toque.”
“SE NÃO FÔSSEIS IMPERFEITOS, NÃO TERÍEIS EM TORNO DE VÓS SENÃO BONS
ESPÍRITOS; SE FORDES ENGANADOS DE VÓS MESMOS VOS DEVEIS QUEIXAR.”
4 - APARÊNCIA:
Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que também podem, aos olhos
de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?
Isso se dá, porém, mais dificilmente. O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como
outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles. Podem os Espíritos levianos aproveitar-se dessa
disposição, para o enganar, por meio de falsas aparências; isso depende das qualidades do Espírito do
próprio médium. (“O Livro dos Médiuns”)
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5 - ESTADO VIBRACIONAL:
Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que
experimentam à aproximação deles. Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o
mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam.
O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima.
Quando é bom, o Espírito é tranquilo, leve, reflectido; quando é mau, é agitado, febril, e essa agitação
se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium. Em suma, dá-se o que se dá com o homem
na terra: O bom é calmo, tranquilo; o mau está constantemente agitado. (“O Livro dos Médiuns”).
Concluímos que a maneira mais segura de se identificar a natureza do Espírito é pelo teor de sua
linguagem, falada ou escrita, mediante os conceitos que nos trazem. Tanto quanto, ao se aproximar de
um médium, o Espírito pode por ele ser analisado, através do seu estado vibracional, ou seja, das
sensações agradáveis ou desagradáveis que o Espírito injecta ao médium.
6 - REFERÊNCIAS:
“O LIVRO DOS MÉDIUNS”.
“O NOVO TESTAMENTO”.
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
VII Minigrupo (Lição n.2)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Quando falamos com alguém sobre espiritismo, que conhecimentos mínimos deve ter esse
alguém?
b) Qual é a função do espírito quando reencarna?
c) Que função tem o perispírito, na reencarnação do espírito?
d) De que fluido é constituído o Perispírito?
e) De que depende a natureza subtil do perispírito?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2
a) Para que o espírito actue sobre a matéria, Ele está dependente de quê?
b) Os defeitos apresentados pelo perispírito podem ser eliminados pelo espírito, se o pretender?
c) Numa doutrinação, o que é que importa reter da informação do espírito?
d) Pode o espírito apresentar-se ao médium com a aparência de uma outra entidade?
e) A linguagem dos espíritos transmite-nos alguma informação acerca deles?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Na comunicação, que atenção devemos prestar para distinguir os espíritos bons dos maus?
b) Porque é que os espíritos inferiores reflectem paixões humanas?
c) Quando é que os espíritos inferiores podem enganar o médium?
d) Como é que os médiuns, detectam os bons e os maus espíritos?
e) Nas doutrinações, é imprescindível que um bom médium tenha um bom doutrinador?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
VIII Teste (Lição n.2)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- O fluído vital advêm de:
( ) a- Fluído magnético
( ) b- Fluído C. Universal.
( ) c- Dele Próprio.
( ) d- Do ar comprimido.
1.2 O Perispírito é:
( ) a Um corpo carnal.
( ) b Um corpo fluídico.
( ) c Disco voador
( ) d- Uma chama divina.
1.3- A forma do Perispírito depende da:
( ) a- Vontade do espírito.
( ) b- Vontade do Perispírito .
( ) c- Vontade como espírito bom.
( ) d- Vontade como espírito mau.
1.4- A subtileza do Perispírito depende:
( ) a- Da natureza do espírito.
( ) b- Dos mundos em que reencarnou.
( ) c- Do FCU.
( ) d- Do fluído vital
1.5- A detecção da qualidade dos espíritos depende de::
( ) a- Da sensibilidade do médium.
( ) b- Da prática do médium.
( ) c- Da formação espiritual e da sensibilidade do médium.
( ) d- Da formação espiritual, prática e da sensibilidade do médium
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CURSO BÁSICO DEMEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 3
IX– Mecanismo das Comunicações
X- Mini Grupos
XI- Teste
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IX - Mecanismos das Comunicações
1 - INTRODUÇÃO:
“A mente permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos”.(1)
“Em mediunidade não podemos esquecer o problema da sintonia”.(1)
Atraímos os Espíritos que têm afinidade connosco, assim como somos atraídos por eles; e se é verdade
que cada um de nós só pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com
aquilo que dá.
Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam as
características em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os
tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós, das esferas
mais altas, através dos génios da sabedoria e do amor que supervisionam as nossas experiências.
Procederam acertadamente aqueles que compararam o nosso mundo mental a um espelho. Reflectimos
as imagens que criamos.
2 - PROCESSO MENTAL:
Para que um Espírito se comunique é forçoso que se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a
desencarnada.
Esse mecanismo das comunicações espíritas, mecanismo básico que se desdobra, todavia, em matrizes
infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes - activo e passivo - valores
espirituais, etc.
Sintonizando o comunicante com o intermediário, o pensamento do primeiro se exterioriza através do
campo físico do segundo, em forma de mensagem escrita ou audível.
Na incorporação (Psicofonia), o médium cede o corpo ao comunicante, mas, de acordo com os seus
próprios recursos, pode comandar a comunicação, fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos
e controlando o vocabulário do Espírito.
O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro do
Perispírito, resultando disso a propriedade que tem o intermediário, em princípio, de fazer ou não fazer
o que entidade pretende. (Cap. IX e X). (2)
3 - SINTONIA (VIBRAÇÕES COMPENSADAS):
Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou
equivalência.
Sintonia é, portanto, um fenómeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, à base de
vibrações.
Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo,
entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, magnetizando-as profundamente.
Quanto mais evoluído o ser, mais acelerado o estado vibratório.
Assim sendo, em face das constantes modificações vibratórias verificar-se-á sempre, em todas as
comunicações, o imperativo da redução ou do aumento das vibrações para que eles se dêem com maior
fidelidade.
Se esta lei de afinidade comanda inteiramente os fenómenos psíquicos, não há dificuldade em
compreendermos porque as entidades Superiores são obrigadas a reduzir o seu tom vibratório a fim de,
tornando mais densos os seus perispíritos, para serem observadas pelos Espíritos menos evoluídos. Do
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mesmo modo, graduam o pensamento e densificam o perispírito, quando desejam transmitir as
comunicações, para inspirar os dirigentes de trabalhos mediúnicos ou os palestrantes e expositores do
Evangelho e da Doutrina. (2)
André Luiz “Nos Domínios Da Mediunidade” (cap V) descreve:
"Nesse instante, o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a assembleia,
mostrando-se-nos MAIS HUMANIZADO, QUASE OBSCURO”.
Léon Denis afirma:
“... o Espírito, libertado pela morte, se impregna de matéria subtil e atenua as suas radiações próprias, a
fim de entrar no mesmo tom com o médium”.
Conclui-se, das palavras do filósofo francês, que os Espíritos dispõem de recursos para reduzir ou
elevar o tom vibratório, da seguinte forma;
a. Para reduzir o seu próprio padrão vibratório, o Espírito superior impregna-se de matéria subtil
colhida no próprio ambiente.
b. Para elevar o tom vibratório do médium, o Espírito encontra na própria concentração ou transe,
daquele, os meios de activar as vibrações. (2)
4 - RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES:
Em geral o médium deixa-se sugestionar pelos Espíritos rebeldes ou menos esclarecidos e sob a sua
influência, extravasam no campo físico, as suas impressões de desequilíbrio de que o comunicante se
faz portador.
Isto se verifica quase sempre com o médium que ignora a sua responsabilidade na manifestação
mediúnica, quando não o faz julgando que a “encenação” provocada pelo irmão sofredor é indício de
autenticidade da “incorporação” do Espírito.
Qualquer que seja o motivo que leva o médium a permitir este excesso, sem qualquer controlo da sua
parte, denota que ele, embora detentor de faculdades psíquicas, ainda não se compenetrou das suas
responsabilidades e não se dedica ao estudo doutrinário e aperfeiçoamento evangélico, indispensável ao
melhor desempenho da sua tarefa.
Quanto à conduta do médium, André Luiz nos recomenda:
“Controlar as más manifestações mediúnicas, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante,
gemidos, gritos e contorções, batimento de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos”.
O intermediário será sempre o responsável directo pela mensagem de que se faz portador.”(Cap IV) (4)
Conscientes de que o pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro do médium, passa pelo seu
cérebro perispíritico, é fácil compreender que o médium pode e deve “policiar” as sugestões do
comunicante, permitindo apenas, que deixe passar o necessário para o esclarecimento e orientação do
Espírito, por parte do dirigente da reunião.
É compreensível que o Espírito em desequilíbrio sugira ao médium: gritos, contorções, batimentos de
mãos e pés ou outros gestos violentos, no entanto, cabe ao médium, opor-se a estas sugestões e criar
atitudes moderadas e equilibradas, tais como, proibir a violência do comunicante para servir de alerta
para o próprio Espírito, facilitando assim o esforço para sua orientação.
Por isso, numa mesma reunião, com um mesmo Espírito inferior, a comunicar-se através de dois
médiuns distintos, pode verificar-se o seguinte:
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Se colocarmos o espírito num dos médiuns em que o seu estado íntimo tem afinidade com esse espírito,
este não só dará expansão às suas atitudes menos edificantes como dificilmente assimilará os recursos
esclarecedores que o doutrinador lhe procure transmitir. Se, ao contrário, o espírito se aproximar de um
médium espiritualizado, à sua simples aproximação, já é auxiliado, pois este irradia, naturalmente,
vibrações de paz e harmonia com que o envolve beneficamente. A tarefa do doutrinador, nesse caso, é
grandemente facilitada pela condição íntima do médium.
Lembremos mais uma vez André Luiz:
“Ainda mesmo um médium absolutamente sonâmbulo, incapaz de guardar lembranças posteriores ao
socorro efectuado, semi-desligado de seus implementos físicos, dispõe de recursos para governar os
sentidos corpóreos de que o Espírito comunicante se utiliza, capacitando-se, por isso, com o auxílio dos
instrutores espirituais, a controlar devidamente as manifestações”.
Nesse sentido, vale a pena recordar que há médium de incorporação normal, e médium ainda
obsediado. E, sempre que o médium, dessa ou daquela espécie, se mostre obsediado, necessita de
socorro espiritual, através de esclarecimento, em conjunto com as entidades perturbadas e carentes de
auxílio.
Realmente, em casos determinados, o médium não pode governar todos os impulsos desorganizados da
inteligência desencarnada que se comunica na reunião, como nem sempre o enfermeiro consegue
impedir todas as extravagâncias da pessoa acamada; contudo, mesmo nessas ocasiões especiais, o
médium integrado das suas responsabilidades, dispõe de recursos para cooperar no socorro espiritual,
reduzindo as inconveniências ao mínimo.” Cap 43) (3)
Encerramos com Martins Peralva, estimula-nos à auto-evangelização:
“Os médiuns, portanto, que desejam, sinceramente, enriquecer o coração com tesouros da fé, a fim de
ampliarem os recursos de servir ao Mestre na seara do bem, não podem nem devem perder de vista o
factor auto-aperfeiçoamento”.
Não podem, de forma alguma, deixar de nutrir-se com o alimento evangélico, tornando-se humildes e
bons, devotados e convictos, a fim de que os modestos encargos mediúnicos de hoje sejam, amanhã,
transformados em sublimes e redentoras tarefas.
Abnegação por perseverança, no trabalho mediúnico, mantém o servidor em condições de sintonizar,
de modo permanente, com Espíritos Superiores, trocando, assim, com as forças do bem as divinas
vibrações do amor e da sabedoria.
Estabelecida, pois, esta comunhão do médium com os pressupostos do senhor, a prática mediúnica se
constituirá, com reais benefícios para o médium e o agrupamento onde serve, legítima sementeira de
fraternidade e socorro. (Cap. IV)(2)
5 - REFERÊNCIAS:
(1) “Nos Domínios Da Mediunidade”.
(2) “Estudando a Mediunidade”.
(3) “Desobsessão”.
(4) “Conduta Espírita”.
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
X- Minigrupo (Lição n.3)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Onde fica a base de todas as manifestações mediúnicas no corpo humano?.
b) Para que haja comunicação espiritual o que é necessário que exista?
f) Em que tipo de fenómeno mediúnico o médium cede o corpo ao espírito?
g) Qual é o intermediário que fica entre o pensamento do espírito e o cérebro físico?
h) O que significa sintonia?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2 .
a) Qual base do funcionamento da sintonia?
b) As entidades superiores vibram mais rapidamente ou menos que as inferiores?
c) O que significa quando o médium se deixa sugestionar pele entidade rebelde?
d) Quem é o responsável pela comunicação do médium numa doutrinação?
e) O que acontece, se um espírito rebelde incorporar num médiuns que tenha afinidade com
ele?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Pode ou não o médium inconsciente controlar as atitudes negativas do espírito comunicante?
B) O que deve fazer o médium preparado quando não consegue controlar a entidade?
c) O que se entende por auto-aperfeiçoamento nos médiuns que praticam a caridade?
d) O conhecimento da doutrina nos médiuns, ajuda ou não nas próximas reencarnações?
e) A postura dos médiuns nas associações, são ou não o espelho destas?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
XI- Teste (Lição n.3)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- Os fenómenos espíritas têm base na:
( ) a- Cabeça.
( ) b- No corpo.
( ) c- No pensamento.
( ) d- Na mente.
1. 2- Para que haja fidelidade na comunicação com espíritos é necessário alterar:
( ) a- O sistema vibratório.
( ) b- O conhecimento da Doutrina.
( ) c- O Guia Espiritual.
( ) d- O doutrinador.
1.3- Quem comando os fenómenos espíritas?
( ) a- O amor ao próximo.
( ) b- A afinidade.
( ) c- O espírito
( ) d- O médium.
1.4- Quando o médium permite que haja excesso na comunicação o que denota:
( ) a- Prazeres materiais.
( ) b- Trabalho do bem.
( ) c- Falta de cultura doutrinária.
( ) d- Falta de ouvido.
1.5- Preparação e abnegação no trabalho mediúnico ajuda a:
( ) a- Ter boas ligações com as entidades negativas.
( ) b- Ter boas ligações com as entidades Superiores.
( ) c- Ter capacidade de aumentar ou diminuir o seu sistema vibratório .
( ) d- Relaxar.
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 4
XII – Classificação Mediúnica
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XII - Classificação Mediúnica
(Segundo a aptidão do médium)
1 - EFEITOS FÍSICOS:
Mediunidade em que se observam os fenómenos objectivos e, por isso, perceptíveis pelos sentidos
físicos.
Os médiuns de efeitos físicos, segundo Kardec, podem ser:
a. Facultativos - O que tem consciência da sua mediunidade e se presta à produção dos
fenómenos por acto de sua própria vontade;
b. Involuntário ou natural – Não tem consciência dessas faculdades psíquicas, servindo muitas
vezes, de instrumento dos fenómenos, sem o saber. (Cap. XIV) (1)
O médium de efeitos físicos, durante a produção dos fenómenos, pode permanecer em estado de transe,
ou completamente desperto.
Os fenómenos de efeitos físicos mais comuns são:
a. LEVITAÇÃO: Quando pessoas ou objectos são erguidos no ar, sem interferência de recursos
materiais objectivos;
b. TRANSPORTE: Quando objectos são levantados e deslocados de uma parte para outra, dentro
do mesmo local ou trazidos de locais distantes;
c. TIPTOLOGIA: Comunicação dos Espíritos - valendo-se do alfabeto ou qualquer outro sinal
convencionado - por meio de movimento de objectos ou através de pancadas.
O Espírito responderá às perguntas formuladas, valendo-se de um código estabelecido anteriormente.
Por exemplo:
Uma pancada significa sim; duas pancadas, não.
Uma pancada corresponde a letra A; duas pancadas correspondem à letra B, etc.;
As letras do alfabeto são dispostas sobre uma mesa e os Espíritos conduzem um
determinado objecto que, percorrendo as várias letras, forma palavras e frases inteiras.
A tiptologia, (forma de comunicação) portanto, pode ser obtida de maneira muito variada, a critério
dos responsáveis pela experiência.
É muita conhecida, nesse caso, a experiência com o copo;
d. MATERIALIZAÇÃO: Manifestação dos Espíritos, através da criação de formas ou efeitos
físicos. A materialização se desdobra em fontes variadas - sinais luminosos ligeiros ou intensos,
ruídos, odores e a materialização propriamente dita, desde apenas, determinadas partes do corpo
até a completa materialização da entidade espiritual que se comunica.
Para a materialização, os Espíritos manipulam e conjugam três elementos essenciais:
Fluidos inerentes à Espiritualidade;
Fluidos inerentes ao médium e outros participantes da reunião;
Fluidos retirados da natureza, especialmente da água e das plantas.
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e. VOZ DIRECTA ou PNEUMATOFONIA - Comunicação oral do Espírito, directamente,
através de um aparelho vocal fluídico, manipulado pela espiritualidade. Nesse caso, os presentes
registam apenas a voz dos Espíritos.
f. ESCRITA DIRECTA OU PNEUMATOGRAFIA - Comunicação dos Espíritos, através da
escrita directa, isto é, sem concurso físico do médium.
A mensagem é escrita pelos Espíritos e, para tanto, nem o próprio lápis é indispensável.
DESDOBRAMENTO (bicorporeidade / tangibilidade) - Exteriorização do perispírito do médium
que, afastado do corpo carnal - ao qual se liga pelo cordão fluídico - se manifesta materializado num
local próximo ou distante.
O desdobramento pode assumir outras características, as quais, necessariamente, não se enquadram na
categoria de efeitos físicos.
Por exemplo:
O Espírito do médium, afastado do corpo, pode-se fazer notar noutro local, através da vidência de um
segundo médium. (Cap. XII.) (3)
2 - SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS:
São aqueles cuja mediunidade se manifesta através de uma sensação física experimentada pelo
médium, à aproximação do espírito. Assim, o médium impressionável, ainda que não ouça ou veja um
Espírito, sente a sua presença pelas reacções no seu organismo.
Do teor dessas reacções, o médium pode deduzir a condição do Espírito: Rebelde, perseguidor,
evoluído, dócil, etc.
Com o exercício, o médium chega a identificar, individualmente, os Espíritos, à sua simples
aproximação. (Cap. XIV) (1)
3 - AUDITIVOS:
O médium audiente ouve vozes proferidas pelos Espíritos ou sons por eles produzidos, bem como, sons
da própria natureza, que escapam à percepção da audição normal.
Por ser fenómeno de natureza psíquica, é fácil compreender-se que a audição se verifica no órgão
perispíritico do médium, por isso, independe da sua audição física. (Cap IX) (3)
4 - VIDÊNCIA:
Faculdade através da qual o médium percebe, pela visão hiperfísica, os Espíritos desencarnados ou não,
bem como situações ou paisagens do plano espiritual. Pode-se classificar como:
a. VIDÊNCIA NO AMBIENTE OU LOCAL - quando o médium percebe o ambiente espiritual
em que se encontra, registando factos que ali mesmo se desdobram ou então, quadros, sinais e
símbolos projectados mentalmente por Espíritos com os quais esteja em sintonia.
b. VIDÊNCIA NO ESPAÇO - O médium vê cenas, sinais ou símbolos em pontos distantes do
local em que se encontra.
c. VIDÊNCIA NO TEMPO - O médium vê cenas, que representam factos a ocorrer (visão
profética) ou factos passados noutros tempos (visão rememorativa).
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d. PSICOMETRIA – É uma forma especial de vidência que se caracteriza pelo desenvolvimento,
no campo mediúnico, de uma série de visões de coisas passadas, desde que seja, colocado na
presença do médium um objecto qualquer ligado àquelas cenas. Essa percepção verifica-se
quando a presença de tais objectos se acharem impregnados de influências pessoais dos seus
possuidores ou dos locais onde se encontravam.
5 - FALANTES OU PSICOFÓNICOS:
Os médiuns falantes ou psicofónicos transmitem, pela palavra falada, a comunicação do Espírito.
É uma das formas de mediunidade mais comuns no intercâmbio mediúnico e é frequentemente
denominada de “incorporação”.
O médium psicofónico pode ser:
a. CONSCIENTE - O Espírito comunicante transmite telepaticamente, às vezes até de grandes
distâncias, as suas ideias ao médium, que as mostra aos encarnados com as suas próprias
expressões.
b. SEMICONSCIENTE - Estabelecida a sintonia, ou o equilíbrio vibratório, o Espírito
comunicante, através do perispírito do médium, entra em contacto com este, passando a actuar
sobre o campo da fala e outros centros motores do médium.
Na incorporação, não há afastamento acentuado do Espírito do médium e este não perde a consciência
ou conhecimento do que se passa.
Sujeita-se, espontaneamente, à influência do Espírito comunicante, mas controla-o devidamente,
podendo reagir a qualquer momento a essa influência, pela própria vontade.
O Espírito, apesar de não ter domínio completo sobre o médium, pode expressar com mais fidelidade as
suas ideias, do que no caso anterior.
Na psicofonia semiconsciente, o comunicante é a acção, mas o médium personifica a vontade. (Cap.
XI) (3)
c. INCONSCIENTE - Também denominada psicofonia sonâmbula, se processa com o
afastamento do Espírito do médium de seu corpo.
O comunicante utiliza-se mais livremente dos recursos físicos do médium, pelo que a sua comunicação
é mais fiel e isenta de “interpretações” por parte do médium. É comum, nesse caso, observada a
afinidade, o Espírito retratar também, com maior ou menor nitidez, o tom de voz, as maneiras e até
mesmo o seu aspecto físico característico.
Se o comunicante é um Espírito de inteira confiança do médium, este se afasta, tranquilamente,
cedendo-lhe o corpo, como que entrega um instrumento valioso nas mãos de um artista que o valoriza.
Quando, no entanto, o irmão que se manifesta se entrega à rebeldia ou perversidade, o médium, embora
afastado do corpo, age na condição de um enfermeiro vigilante que cuida do doente necessitado. Esse
controlo é pacífico, porque a mente superior subordina as que lhe situam à retaguarda nos domínios do
Espírito.
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Quando se trata de uma entidade intelectualmente superior ao médium, porém, degenerada ou perversa,
a fiscalização corre por conta dos mentores espirituais do trabalho mediúnico.
Se a psicofonia inconsciente se manifesta num médium desequilibrado - sem méritos morais - ou
irresponsável, pode conduzi-lo à subjugação (possessão), sempre nociva e que, por isso, apenas se
evidencia integral nas obsessões que se renderam às forças do mal.
6 - SONÂMBULOS:
No sonambulismo vemos duas ordens de fenómenos:
a. O sonâmbulo, propriamente dito, age sob a influência de seu próprio Espírito.
É a sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos.
As suas ideias são, em geral, mais justas do que no estado normal; os seus conhecimentos mais
dilatados, porque têm a alma livre.
b. O médium sonâmbulo, ao contrário, é um instrumento passivo é o que se diz não vem de si
mesmo.
Enquanto o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, o médium exprime o de outrem; conversa
com os Espíritos e transmite-nos os seus pensamentos. (Cap. XIV.) (1)
O médium sonâmbulo, portanto, é aquele que, em estado de transe, se desprende do corpo e, nessa
condição de “liberdade”, nos descreve o que vê, o que sente e ouve no plano Espiritual.
Esta mediunidade é denominada por André Luiz como DESDOBRAMENTO e assim é também
classificada por diversos autores. (Cap. XI.) (2)
7 - CURADORES:
A mediunidade de cura é a capacidade que certos médiuns possuem de provocar reacções reparadoras
de tecidos e órgãos do corpo humano, inclusive os oriundos de influências Espiritual.
Nesse campo é muito difundida a prática de “passes” individuais ou colectivos, existindo dois
tipos, assim discriminados:
a. Passe ministrado com os recursos magnéticos do próprio médium;
b. Passe ministrado com recursos magnéticos extraídos, no momento, do Plano Espiritual.
No primeiro caso, o médium transmite ao doente as suas próprias energias fluídicas, fazendo assim, um
simples trabalho de magnetização. No segundo, com a presença do médium servindo de polarizador,
um Espírito desencarnado faz sobre o doente a aplicação, canalizando para ele os fluidos reparadores.
(Caps. XII e XX). (3)
EFEITOS FÍSICOS - Também no campo de Efeitos Físicos, em geral, encontram-se médiuns que se
dedicam às curas, realizando alguns, inclusive, operações de natureza extra-física, em doentes tidos
como incuráveis, cujos resultados benéficos são imediatos, contrariando, desse modo, todo o
prognóstico da ciência terrena.
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8 - PSICOGRAFIA:
Faculdade mediúnica, através da qual os Espíritos se comunicam pela escrita manual.
Os médiuns psicógrafos se classificam como:
MÉDIUM MECÂNICO -O Espírito actua sobre os centros motores do médium, impulsionando
directamente a sua mão. Esta se move sem interrupção e sem a intervenção da vontade do médium,
enquanto o Espírito tiver alguma coisa que dizer.
Nesta circunstância, o que caracteriza o fenómeno é que o médium não tem a menor consciência do que
escreve.
b. MÉDIUM INTUITIVO - O Espírito não actua sobre a mão para fazê-la escrever; actua sobre o
Espírito do médium que, percebendo o seu pensamento, transcreve-o no papel.
Nessa circunstância, não há inteira passividade; o médium recebe o pensamento do Espírito e o
transmite. Tendo, portanto, consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.
A ideia nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e essa pode estar mesmo fora dos limites dos
conhecimentos e da capacidade do médium.
Enquanto o papel do médium mecânico é o de uma máquina o médium intuitivo age como um
intérprete. Para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, para traduzi-lo
fielmente.
c. MÉDIUM SEMI-MECÂNICO - No médium mecânico o movimento da mão independe da
vontade; no médium intuitivo esse movimento é voluntário. O médium semi-mecânico participa
dos dois géneros: Sente que à sua mão é dada uma impulsão, mas, ao mesmo tempo, tem
consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam.
Assim, no médium mecânico, o pensamento vem depois do acto da escrita; no intuitivo o pensamento
precede a escrita e no semi-mecânico o pensamento acompanha a escrita. (Cap. XV.) (1)
9 - POLIGLOTAS:
Médiuns que, no estado de transe, possuem a capacidade de se exprimirem em línguas estranhas às suas
próprias, embora no estado normal não conheçam estas línguas.
Essa mediunidade é denominada XENOGLOSSIA e tem causa no recolhimento de valores intelectuais
do passado, os quais repousam na subconsciência do médium. Só pode ser um médium poliglota aquele
que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expressa durante o transe. (Cap. XXXVIII.) (4)
10 - PRESSENTIMENTOS:
Os médiuns de pressentimentos ou proféticos são pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma
intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão ou, que sejam permitidas pela Espiritualidade, têm a
revelação de coisas futuras de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para
sua instrução.
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As profecias se circunscrevem às linhas mestras da evolução humana, pelo que é fácil de ser entendida
por nós o seu mecanismo, pois, quem já percorreu o caminho, pode retornar atrás e alertar aos da
retaguarda sobre seus percalços.
No que diz respeito ao campo individual, pode um Espírito falar a respeito de determinadas provas
programadas pela própria pessoa antes da reencarnação.
Seja, no entanto, no plano geral ou no plano individual, as profecias são sempre relativas, já que,
detendo o ser o “livre-arbítrio” poderá em qualquer época, consoante a sua vontade, modificar as
circunstâncias de sua vida, imprimindo-lhe novos rumos e, portanto, alterar os prognósticos que
naturalmente se cumpririam se não fosse a sua alteração.
11 - INTUIÇÃO:
Faculdade que permite ao homem receber, no seu íntimo, as inspirações e sugestões da Espiritualidade.
Se desenvolve por não ter carácter de fenómeno, à medida que o ser se espiritualiza.
Para a intuição pura, portanto, todos nós caminhamos, constituindo a sua conquista um património do
ser espiritualizado.
12 - REFERÊNCIAS:
1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns”
2 - Luiz, André - “Nos Domínios da Mediunidade”
3 - Armond, Edgard - “Mediunidade”
4 - Peralva, José Martins - “Estudando a Mediunidade”
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XIII- Minigrupo (Lição n.4)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Quais são os fenómenos de efeitos físicos mais comuns?
b) Explique um a um fenómenos de efeitos físicos da alínea a).
c) O que é a Tipologia. Dê exemplos de comunicação.
d) Quais são os três elementos essenciais para os que Espíritos conjuguem e manipulem a
materialização?
e) O que é a Pneumatografia?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2
a) O que são médiuns sensitivos.
b) O que é Vidência?
c) Quantos tipos de Vidência Conhece?
d) Que tipo de médiuns psicofónicos conhece?
e) Defina os médiuns psicógrafos?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) O que são médiuns Sonâmbulos?
b) Defina a diferença entre os tipos de médiuns Sonâmbulos que conhece.
c) Defina o que são médiuns curadores.
d) Quantos tipos de médiuns curadores conhece e quais as suas diferenças.
e) Defina os médiuns de Pressentimentos e Intuição.
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XIV- Teste (Lição n.4)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- Para a materialização, os Espíritos manipulam e conjugam elementos essenciais, quantos são os
elementos?
( ) a- 2.
( ) b- 3.
( ) c- 5.
( ) d- 1.
1.2 Dê um exemplo de bicorporeidade que não se identifique como efeitos físicos?
( ) a- Escrita directa.
( ) b- Vidência.
( ) c- Aparição
( ) d- Partir vidros
1.3-Qual a diferença entre o sonâmbulo e o médium sonâmbulo? (Quantas respostas estão
certas?)
( ) a- O sonâmbulo só fala verdade.
( ) b- O médium sonâmbulo é intermediário dos espíritos.
( ) c- O sonâmbulo age de acordo com o seu espírito.
( ) d- O médium sonâmbulo não tem controlo sobre o seu espírito.
1.4- Como funciona a cura pelo passe? (Quantas respostas estão certas?)
( ) a- Pelo magnetismo emanado pelo passista.
( ) b- Pelo magnetismo emanado pelo médium passista...
( ) c- Pelos médiuns oriundos de influências espirituais.
( ) d- Pela mediunidade.
1.5- O que são médiuns psicógrafos?
( ) a- São médiuns curadores .
( ) b- São médiuns que comunicam pela escrita.
( ) c- São médiuns de efeitos físicos.
( ) d- São médiuns sensitivos.
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CURSO BÁSICO DA MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 5
XVI – A Casa Mental
XVII – Reflexo Condicionado
XVIII – Influência Moral do Médium
XIX- Mini Grupos
XX- Teste
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XVI - A Casa Mental
1 - AS TRÊS PARTES DA MENTE: (2)
Precisamos avaliar correctamente a natureza dos nossos instintos e apetites básicos, a fim de que,
melhor equipados, possamos controlá-los.
O mundo, neste particular, está em débito para com Sigmund Freud, o descobridor da Psicanálise, em
virtude de ter sido ele o primeiro homem a passar a mente humana pelos raios X com êxito,
descrevendo os seus complicados trabalhos.
De acordo com sua teoria, a mente está dividida em três partes:
1. O inconsciente;
2. O consciente;
3. A consciência.
Freud deu a estas três partes da mente nomes técnicos específicos, chamando: O inconsciente de ID; o
consciente de EGO e a consciência de superego.
2 - A CASA CONSTRUÍDA POR FREUD: (2)
Se fizermos uma ideia de que a mente é uma pequena casa, poderíamos chamar o inconsciente de
Cave - andar subterrâneo; o consciente de andar principal, parte da casa onde realmente vivemos e
nos entretemos, e a consciência - censor moral, a polícia, seria o sótão.
É lógico presumirmos que a cave não é tão limpa ou não está tão em ordem como a parte de cima. Na
maioria das casas a cave torna-se um lugar para despejo, onde se armazena quantidades de velharias e,
ao mesmo tempo, onde se localiza o sistema de abastecimento de toda a casa.
3 - O SISTEMA NERVOSO É A CASA DE FREUD: (pág. 42.) (1)
No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das
actividades subconscientes; figuremo-lo como sendo a cave da sua individualidade, onde arquivamos
todas as experiências e registamos os menores factos da vida. Na região do córtex motor, zona
intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as
energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no actual
momento evolutivo do nosso modo de ser.
Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem
materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando
a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução.
Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se
divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares; no primeiro
situamos a “residência dos nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos serviços
realizados; no segundo localizamos o “domicílio das conquistas actuais”, onde se erguem e se
consolidam as qualidades nobres que estamos a edificar; no terceiro, temos “a casa das noções
superiores”, indicando os níveis que nos cumpre atingir.
4 - REFERÊNCIAS:
1 - “No Mundo Maior”- Cap.. III - André Luiz
2 - “Ajuda-te pela Psiquiatria” - Frank S. Caprio
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XVII - Reflexo Condicionado
1 - CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
Há reflexos que nascem com o indivíduo, e se transmitem, invariáveis, através das gerações: O do
tremor de frio, o da deglutição (acto de engolir alimentos), o do piscar, por exemplo. Podem desaparecer
com a idade, ou só se manifestam em determinadas épocas da vida; mas reaparecem sempre, na
geração seguinte, com o mesmo tipo, observando a mesma cronologia. Os reflexos exclusivamente
medulares, bulhares (nervos cranianos) e cerebelosos, estão nesta categoria e receberam a designação
de reflexos incondicionados, ou congénitos.
Ao lado dos reflexos incondicionados, cada animal, individualmente, apresenta um grande número de
actividades reflexas particulares, que não se encontram, necessariamente, em todos os seres da mesma
espécie. Os cães, em geral, segregam saliva quando lhes coloca alimento na boca: Esta secreção é um
reflexo incondicionado, ou congénito. Mas certo cão pode segregar saliva quando vê o homem que o
costuma alimentar, ou o prato em que lhe trazem comida: A secreção será agora um reflexo adquirido
ou condicionado.
O estudo experimental dos reflexos condicionados deve-se ao fisiologista russo contemporâneo I.P.
Pavlov (1849 - 1936). Para tornar mais fácil, e ao mesmo tempo, rigorosamente objectiva a observação
do fenómeno, Pavlov investigou sobretudo o reflexo salivar do cão, depois de haver praticado no
animal uma fístula que comunicava uma das parótidas ou das sub-maxilares com o exterior, trazendo
para a superfície cutânea a extremidade do respectivo canal excretor. A saliva que goteja é recolhida
num tubo de vidro preso ao canal. Torna-se assim possível notar a marcha do fenómeno e medir a sua
intensidade contando o número de gotas por minuto. Aliás, a contagem de laboratório executada por
Pavlov é hoje feita automaticamente, por dispositivo eléctrico.
As conclusões básicas das experiências de Pavlov são as seguintes: (1)
Quando se introduz subitamente o alimento na boca do cão, aparece, um ou dois segundos
depois, o fluxo salivar. A secreção é neste caso, ocasionada pelas propriedades físicas e
químicas de alimento, actuando sobre os receptores nervosos da mucosa bucal. A secreção
assim determinada é um reflexo congénito, encontrado em todos os cães, sem dependência com
a aprendizagem anterior.
Faça-se a mesma experiência, de introduzir o alimento na boca do cão; mas, de cada vez,
combine-se com o estímulo natural um impulso qualquer, indiferente, como, por exemplo, as
pancadas musicais. Ao fim de alguns dias de repetição, o estímulo indiferente, o estímulo sinal,
como diz Pavlov, adquire a propriedade de, por si só, provocar a secreção salivar. Basta que o
cão ouça a música, para que imediatamente a glândula salivar se ponha em actividade, o
fenómeno toma o nome de reflexo condicionado, ou adquirido, não observado em todos os cães,
mas unicamente nos que sofrem uma prévia aprendizagem.
2 - REFERÊNCIAS:
1 - No Mundo Maior - Caps. III, IV e VII - André Luiz
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XVIII - Influência Moral do Médium
“O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?”.
- Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe da moral. O mesmo, porém,
não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium”. ( Cap. XX -
226). (1)
1 - AFINIDADE:
Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência
muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica
com o Espírito do médium, esta influência não se pode verificar, se não houver, entre um e outro,
simpatia e, se assim é, lícito dizer-se, não à afinidade. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie
de atracão, ou repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade
com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem
influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam. Se o médium é vicioso, em
torno dele se vem agrupar espíritos inferiores, sempre prontos a tomar lugar dos bons Espíritos
evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: A bondade, a benevolência,
a simplicidade do coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que
os afastam são: O orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, o carácter, a sensualidade e todas as
paixões que escravizam o homem à matéria. (Cap. XX - 227).(1)
Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que,
porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho. O orgulho tem perdido muitos médiuns
dotados das mais belas faculdades e que, se não fosse esta imperfeição, teriam podido tornar-se
instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, as suas faculdades,
depois de se terem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amargas decepções.
(Cap. XX - 228). (1)
A par disso, ponhamos em evidência o quadro do médium verdadeiramente bom, aquele em quem se
pode confiar. Admitamos, antes de tudo, uma enorme facilidade de execução, que permite que se
comuniquem livremente com os Espíritos, sem encontrarem qualquer obstáculo material. Posto isto, o
que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que habitualmente o assistem, para isso, não nos
devemos reter nos nomes, mas sim, na sua linguagem.
Jamais o médium deverá perder de vista a simpatia, que lhe dispensam os bons Espíritos, estará na
razão directa dos seus esforços por afastar os maus. Persuadido de que a sua faculdade é um dom que
só lhe foi permitido para o bem, de modo nenhum procura servir-se dela, nem apresentá-la como
demonstração de seu mérito. Aceitar as boas comunicações, que lhe são transmitidas, como uma graça,
de que lhe cumpre tornar-se cada vez mais digno, pela sua bondade, pela sua benevolência e pela sua
modéstia. (Cap. XX - 229). (1)
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2 - MÉDIUM PERFEITO:
“Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que, então, não
constitui privilégio dos homens de bem e porque se vêem pessoas indignas que a possuem no mais alto
grau e que dela usam mal?”.
Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, por isso que os
homens são privados delas. Podereis igualmente perguntar porque concede Deus vista magnífica a
malfeitores, destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo
se dá com a mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as
outras, para se melhorarem”.
“Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se servem delas para o bem, ou que não
as aproveitam para se instruírem, sofrerão as consequências dessa falta?
- Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio de mais se esclarecerem e
não o aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.”
“Há médiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, são dadas comunicações sobre o
mesmo assunto, sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados defeitos. Isso terá
algum fim?”.
- Tem, esse fim é esclarecê-los de certos defeitos. Por isso é que a uns falarão continuamente do
orgulho, a outros da caridade. É que só a insistência lhes poderá abrir, afinal, os olhos. Todos os
médiuns que façam mau uso da sua faculdade, por ambição ou interesse, que os comprometa por causa
de um defeito capital, como o orgulho, o egoísmo, a leviandade, etc., que, de tempos a tempos, não
recebam advertência dos Espíritos. O pior é que a maioria das vezes, eles não as tomam como dirigidas
a si próprios”.
“Será absolutamente impossível obter boas comunicações por um médium imperfeito?”.
- Um médium imperfeito pode algumas vezes obter boas coisas, porque, se dispões de uma bela
faculdade, não é raro que os bons Espíritos se sirvam dele, à falta de outro, em circunstâncias especiais;
porém, isso só acontece momentaneamente, porquanto, desde que os Espíritos encontrem um que mais
lhe convenha, dão preferência a este”.
“Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?”.
- Perfeito, ah! Bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela. Dizes,
portanto, bom médium, e já é muito, por isso é que eles são raros. Médium perfeito seria aquele contra
o qual os maus Espíritos jamais ousariam uma tentativa de enganá-lo. O melhor é aquele que,
simpatizando somente com bons Espíritos, tem sido o menos enganado”.
“Se ele só simpatiza com os bons Espíritos, como permitem estes que sejam enganados?”.
Os bons Espíritos permitem, às vezes, que isso aconteça com os melhores médiuns, para lhes exercitar
a ponderação e para lhes ensinar a discernir o verdadeiro do falso. Depois, por muito bom que seja, um
médium jamais é tão perfeito, que não possa ser atacado por algum lado fraco. Isso lhe deve servir de
lição. As falsas comunicações, que de tempos em tempos ele recebe, são avisos para que não se
considere infalível e não se torne orgulhoso”.
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“Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue isenta de
qualquer alteração?”.
- Querer o bem; repulsar o egoísmo e o orgulho. Ambas essas coisas são necessárias”. (Cap. XX - 226)
(1)
3 - REPELIR DEZ VERDADES A ACEITAR UMA FALSIDADE:
Desde que uma opinião nova venha a ser expedida, por pouco que vos pareça duvidosa, fazei-a passar
pelo crivo da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom senso reprovarem.
É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errónea.
Efectivamente, sobre essa teoria podereis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro
sopro da verdade, como um monumento edificado sobre a areia movediça, ao passo que, se rejeitardes
hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas claras e logicamente, mais tarde um facto
brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade.” (Cap. XX - 230) (1)
4 - REFERÊNCIAS:
1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns”
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XIX- Minigrupo (Lição n.5)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Como é dividida, de acordo com a teoria, a mente humana?
b) Diga o que se entende por inconsciente?
c) Segundo a casa de Freud, diga em que piso se encontram os dados da última reencarnação?
d) Os nossos “impulsos automáticos” situam-se em que parte da nossa mente?
e) A nossa “evolução moral” situa-se em que parte da nossa mente?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2
a) O que se entende por reflexos incondicionados ou congénitos?
b) O que se entende por reflexos adquiridos ou condicionados?
c) Diga quais são as conclusões básicas das experiências de Pavlov.?
d) Qual dos reflexos pertence ao inconsciente?
e) Diga se o desenvolvimento da mediunidade depende do desenvolvimento moral.
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Tem ou não influência a parte moral do médium nas comunicações?
b) Quais são as qualidades, que normalmente, atraem os Espíritos Superiores?
c) As imperfeições morais do médium são uma porta aberta para quê?
e) Qual deve ser a postura dos médiuns, verdadeiramente bons?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XX- Teste (Lição n.5)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1 Qual é a função do inconsciente no corpo humano?
( ) a- Memória de superfície.
( ) b- Memória primitiva.
( ) c- censor moral.
( ) d- Local de aprendizagem actual.
1.2 O que se entende por reflexos incondicionados?
( ) a- Rotinas adquiridas.
( ) b- Rotinas conquistadas.
( ) c- Nem uma coisa nem outra.
( ) d- Rotinas adquirida pela reencarnação.
1.3º O que é a simpatia?
( ) a- O mesmo que, espírito
( ) b- O mesmo que, afinidade.
( ) c- O mesmo que, amor.
( ) d- O mesmo que, orgulho.
1.4- Sendo a mediunidade um favor concedido por Deus ao encarnado, por que é que Ele
favorece os maus?
( ) a- Depende da afinidade de Deus com o ser.
( ) b- È uma oportunidade para o seu desenvolvimento.
( ) c- Não sei
( ) d- Foi um pedido feito a Deus, pelo médium, para ajudar os que pagam.
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CURSO BÁSICO DA MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 6
XXI – Da Influência do Meio
XXII – Educação Mediúnica
XXIII- Mini Grupos
XXIV- Teste
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XXI - Da Influência do Meio
“O meio em que se encontra o médium exerce alguma influência nas manifestações?”.
- Todos os Espíritos que cercam o médium o auxiliam, para o bem ou para o mal.” (Ref. 1, Cap. XXI -
231)
1 - COMUNICAÇÕES QUE ESPELHAM AS IDÉIAS PRESENTES:
“Os Espíritos superiores procuram encaminhar para uma corrente de ideias sérias as reuniões fúteis?”
- Os Espíritos superiores não vão às reuniões onde sabem que a presença deles é inútil. Nos meios
pouco instruídos, mas onde há sinceridade, de boa mente vamos, ainda mesmo que aí só encontremos
instrumentos medíocres. Não vamos, porém, aos meios instruídos onde domina a ironia. Em tais meios,
é necessário que se fale aos ouvidos e aos olhos: Esse é o papel dos Espíritos batedores e brincalhões.
Convém que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos menos
instruídos e menos adiantados.
“Aos Espíritos inferiores é interdito o acesso às reuniões sérias?
- Não, algumas vezes é permitido assistir a elas, a fim de aproveitarem os ensinos que vos são dados
Ref. 1, Cap. XXI - 231).”
“Partindo desse princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos, inconsequentes, ocupados
com os seus prazeres; quais serão os Espíritos que preferencialmente os cercarão?”
- Não serão, certamente, os Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e
filósofos os que iriam passar o seu tempo em semelhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunião
de homens, há igualmente em torno deles uma assembleia oculta, que simpatiza com as suas qualidades
e os seus defeitos, feita abstracção completa de toda a ideia de evocação. Admitamos agora que tais
homens tenham a possibilidade de se comunicarem com seres do mundo invisível, por meio de um
intérprete, isto é, por meio de um médium; quais serão os que lhes responderão ao chamado?
Evidentemente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião de se comunicarem.
Se numa assembleia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas
palavras poderosas, como um bom pastor que acode ao chamamento das suas ovelhas desgarradas.
Porém, desde que não se veja compreendido nem ouvido, retira-se, como em seu lugar o faria qualquer
um de nós, ficando os outros com o campo livre.”(Ref. 1, Cap. XXI - 232)”
“Quando as comunicações concordam com a opinião dos assistentes, não é que essa opinião se reflicta
no Espírito do médium como num espelho; é que com os assistentes estão Espíritos que lhes são
simpáticos, para o bem, como para o mal, e que abundam nos seus modos de ver. Prova-o o facto de
que, se tiverdes a força de atrair outros Espíritos, que não os vos cercam, o mesmo médium usará
linguagem absolutamente diversa e dirá coisas muito distanciadas das vossas ideias e das vossas
convicções.
Em resumo: As condições dos meios serão tanto melhores, quanto mais homogeneidade houver para o
bem, mais sentimentos puros e elevados, mais desejo sincero de instrução, sem ideias preconcebidas”.
(Ref. 1, Cap. XXI - 233)
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“É preciso, portanto, que (os médiuns) somente frequentem sessões onde encontrem ambientes
verdadeiramente espiritualizados, onde imperem as forças boas e onde as más, quando se apresentarem,
possam ser dominadas.
E sessões desta natureza só podem existir onde haja, da parte de seus dirigentes, um objectivo elevado a
atingir, fora do personalismo e da influência de interesses materiais, onde os dirigentes estejam
integrados na realização de um programa elaborado e executado em conjunto com entidades espirituais
de hierarquia elevada.”
Sem espiritualidade não se consegue isso; sem evangelho não se consegue espiritualidade e sem
propósito firme e perseverante de reforma moral não se realiza o evangelho. (Ref. 2, Pág. 74)
2 - SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS NATURAIS:
Mais uma vez vamos falar sobre este ponto.
“Precisa, por outro lado (o médium), criar um ambiente doméstico favorável, pacífico, fugindo às
discussões estéreis e desentendimentos, e sofrer as contrariedades inevitáveis com paciência e
tolerância evangélicas.
Como pai, como irmão ou como filho, mas, sobretudo, como esposo, deve viver no seu lar como um
exemplo vivo de pacificação, de acomodação, de conselho e de boa vontade. Não esqueça que, na sua
qualidade de médium de prova, ainda não desenvolvido, ou melhor educado, representa sempre uma
porta aberta às influências perniciosas de carácter inferior que, por seu intermédio, que na generalidade
atingem os indivíduos com quem convive.
E, quanto à sua vida social, deve exercer os seus deveres com rigor e honestidade, guardando-se,
porém, de se deixar contaminar pelas influências malévolas naturais dos meios em que se põem em
contacto com indivíduos de toda espécie, sem homogeneidade de pensamentos, crenças, educação e
sentimentos”. (Ref. 2, Pág. 92)
“Na série de obstáculos que, em muitas ocasiões, parecem inteligentemente determinados a lhe
entravarem o passo, repontam os mais imprevistos contratempos à frente do servidor da desobsessão.
Uma criança cai, explodindo em choro...
Desaparece a chave de uma porta...
Um recado chega, de imprevisto, suscitando preocupações...
Alguém a chama para solicitar um favor...
Certo familiar se queixa de dores súbitas...
Problemas no meio de transporte...
Dificuldades de trânsito...
O trabalhador do serviço de socorro aos desencarnados sofredores não pode hesitar. Providencie, de
imediato, as soluções razoáveis para esses pequeninos problemas e siga ao encontro das obrigações
espirituais que o aguardam, lembrando-se de que mesmo as festas de natureza familiar, como sejam as
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comemorações de aniversário ou os júbilos por determinados eventos domésticos, não devem ser
motivo de falta aos trabalhos”. (Ref. 3, A partir da pág. 12)
(Desde que com a sua atitude não ponha em risco, por falta de concordância, a harmonia familiar
e que por afinidade com os fluidos construídos por tal razão, iria prejudicar o trabalho espiritual
ao qual irá participar.)
3 - HOMOGENEIDADE DE PENSAMENTOS:
“O capítulo “mandato mediúnico” dá-nos margem para verificarmos a extensão do auxílio dispensado
ao médium investido de tal encargo. Mesmo nos ambientes heterogéneos, onde os pensamentos
inadequados poderiam influenciá-lo levando-o a equívocos, a protecção se faz de modo eficiente e
muito confortador.
Além do seu próprio equilíbrio, autodefesa decorrente das virtudes que engrandecem a sua pessoa, tais
como as referidas anteriormente e consideradas essenciais no mandato mediúnico, o médium trabalha
dentro de uma faixa magnética que o liga ao responsável pela obra de que está incumbido, segundo
verificamos nas palavras a seguir transcritas” Entre a Dona Ambrosina e Gabriel destacava-se agora
extensa faixa elástica de luz azulada, e amigos espirituais, prontos para a solidariedade, entravam nela
e, um a um, tomavam o braço da médium, depois de lhe influenciarem os centros corticais, atendendo,
tanto quanto possível. Aos problemas ali expostos”.
Essa faixa de luz - partindo do irmão protector e envolvendo inteiramente a médium - tem a finalidade
de defendê-la contra a avalanche de formas de pensar dos encarnados e dos desencarnados menos
esclarecidos, os quais, na sua generalidade, transportam problemas aflitivos e dolorosas inquietudes.
Nenhuma interferência ao receituário, graças a essa barreira magnética que a sua condição de médium
no exercício do mandato e a magnitude da tarefa justificam plenamente.
“Ao que tem, mais lhe será dado” - afirmou o Mestre Divino.
Os pensamentos de má vontade, de vingança e revolta, bem assim os de curiosidade, não conseguem
perturbar a tarefa do médium que, no espírito de sacrifício e no devotamento do bem, se edificou em
definitivo.
Bondade, discrição, discernimento, perseverança e sacrifício somam, na contabilidade do Céu,
protecção e ajuda”. (Ref. 4, Cap. XXV)
“Não podemos entender serviço mediúnico sem noção de responsabilidade individual”.
É inconcebível que se promova o intercâmbio com a Espiritualidade sem que haja, da parte de cada um
e de todos, em conjunto, aquela nota de respeito e veneração que nos faz servir, “espiritualmente
ajoelhados”, às tarefas mediúnicas.
Os amigos Espirituais consagram tanto respeito ao sector mediúnico que o assistente espiritual, ao se
dirigir para sala de reuniões, teve as seguintes palavras que, de maneira expressiva, e singular,
traduzem a maneira como encaram o serviço:
“Vemos aqui o salão consagrado aos ensinamentos públicos. Todavia, o núcleo que buscamos (sala de
sessões mediúnicas), jaz em reduto íntimo, assim é o coração dentro do corpo”.
E, referindo-se à preparação dos encarnados, antes do início dos trabalhos, reporta-se a:
“Quinze minutos de prece, quando não sejam de palestra ou leitura com elevadas bases morais”.
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Não se justifica, realmente, que antes das reuniões, os encarnados se demorem em conversações
inteiramente estranhas às suas finalidades. Não se justificam a conversação inadequada e o ambiente
impregnado de fumo, numa ostensiva desatenção a respeitáveis entidades e num desapreço aos irmãos
sofredores trazidos aos centros afins de que, em ambiente purificado, sejam superiormente atendidos.
Há grupos em que os encarnados se submetem, inclusive, em palestras desaconselháveis que estimulam
paixões, tais como, política, negócios e alusões a companheiros ausentes, numa prova indiscutível de
que não colaboram para que os recintos reservados às tarefas espirituais adquiram a feição de templos
iluminativos.
Salientando o sentimento de responsabilidade dos dez companheiros do grupo visitado, Áulus
esclarece:
“Sabem que não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a
possibilidade de atrair companhias edificantes, e, por este motivo, não comparecem aqui sem trazer ao
campo que lhes é invisível as sementes do melhor que possuem”.
Tendo Jesus Cristo afirmado que estaria sempre, “onde duas ou três pessoas se reunissem em seu
nome”, estamos convictos de que, onde o trabalho se realizar sob a inspiração de seu amor, num
palacete ou num casebre, a Sua Presença se fará por meio de iluminados mensageiros.” (Ref. 4 - Cap.
XXXII Almas em prece)
4 - REFERÊNCIAS:
1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns”
2 - Armond, Edgard - “Mediunidade”
3 - Luiz, André - “Desobsessão”
4 - Martins Peralva, José - “Estudando a Mediunidade”
XXII - Educação Mediúnica
“A educação mediúnica tem, duas etapas bem definidas: A primeira é o treino, em si mesmo, das
faculdades mediúnicas que possuírem, e a segunda é a utilização dessas faculdades no campo da
propagação e do esclarecimento evangélico”. (Ref. 1, Pág. 85)
1 - ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA:
A maioria dos médiuns que buscam as reuniões mediúnicas, em função das suas faculdades, trazem
consigo a mediunidade de “provas e expiações” e, geralmente, não dispõem de base suficiente para a
sua condução segura neste complexo terreno do exercício mediúnico.
É necessário, portanto, que lhe seja oferecido, em primeiro lugar, uma eficiente orientação doutrinária.
O médium não pode exercer bem a sua tarefa de intermediário entre os Espíritos e os homens quando
não tem, nem ao menos, conhecimentos elementares do plano espiritual, das Leis que o regem e das
suas relações com o plano corpóreo.
É indispensável que o médium leia, estude e se oriente, frequentando reuniões especializadas, e ainda
busque esclarecer-se doutrinariamente, com aqueles que dirigem trabalhos mediúnicos e, portanto,
contam com maiores recursos e mais vivência neste sector.
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O estudo da Doutrina Espírita deve, pois, preceder ao exercício mediúnico, uma vez que, sem aquele, o
médium dificilmente poderá se beneficiar das luzes que o Espiritismo oferece às criaturas, na sua feição
de processo libertador de consciências, conduzindo a visão do homem a horizontes mais altos da vida.
Havendo essa disposição, o médium buscará, inicialmente, o conhecimento dos princípios básicos ou
fundamentais da Doutrina que lhe darão uma exacta visão do seu conjunto. “O Livro dos Espíritos”,
estudado ordenadamente nos oferece esse conhecimento.
Paralelamente ao estudo da filosofia espírita e de seus princípios básicos, o médium estudará a
mediunidade, propriamente dita, tomando conhecimento das Leis que regem o intercâmbio entre os
Espíritos e os homens. Quanto mais conhecimento o médium possuir da questão mediúnica, melhor
possibilidade terá de atender, equilibradamente, a sua tarefa de medianeiro entre os dois planos da vida.
2 - ROTEIRO EVANGÉLICO:
Não basta ao médium apenas se inteirar acerca da Doutrina Espírita e das questões mediúnicas. A fim
de atender bem ao mandato que lhe foi confiado pela Espiritualidade, é necessário entregar-se à prática
evangélica para que o seu trabalho produza benefícios para si e para a humanidade.
“Com o evangelho no coração e a Doutrina Espírita no entendimento, podemos, sem dúvida, promover
o bem-estar físico e psíquico, de quantos realmente estão interessados na própria renovação, se
tornarem objecto das nossas criações mentais.
E o que será não menos importante e fundamental: Consolidaremos o próprio equilíbrio interior,
correspondendo, assim, à confiança daqueles que, na Espiritualidade mais Alta, aguarda a migalha da
nossa boa vontade”. (Ref. 2)
3 - EXERCÍCIOS PSÍQUICOS:
Atendida a etapa anterior, o médium procurará uma reunião de “educação mediúnica”, cujos trabalhos
se desenvolvem em duas partes: Estudos relativos à mediunidade e, exercícios psíquicos, quando os
médiuns presentes, por alguns minutos, se entregam à concentração, durante a qual se irão exercitando
nas suas faculdades mediúnicas e procurando o aperfeiçoamento da sensibilidade psíquica. A condução
destes exercícios estará, naturalmente, a critério do dirigente da reunião que instruirá os médiuns
durante os mesmos.
4 - REFERÊNCIAS:
1 - Armond, Edgard - “Mediunidade”
2 - Peralva, José Martins - “Estudando a Mediunidade”
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXIII- Minigrupo (Lição n.6)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Expliquem o ponto 231 do Cap. XII da ref. (1).
b) Expliquem o ponto 232 do Cap. XII da ref. (1).
c) Expliquem o ponto 233 do Cap. XII da ref. (1).
d) Qual deve ser a postura de um médium no meio domestico?
e) Qual deve ser a postura de um médium no meio social?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2 .
a) O que se entende por homogeneidade de pensamentos?
b) O que contribui para a homogeneidade de pensamentos?
c) O que representa esta máxima do Mestre “Ao que tem, mais lhe será dado”?
d) Qual deve ser a postura dos encarnados antes do início dos trabalhos?
e) O que se entende por: “a Sua Presença se fará por meio de iluminados mensageiros”?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Qual é a primeira orientação que se deve dar a um furo Médium?
b) Qual é o tipo de mediunidade que apresentam os médiuns em desenvolvimento?
c) Qual é o vosso parecer sobre o “Roteiro Evangelho”?
d) O que são exercícios Psíquicos?
e) Como superar os obstáculos naturais?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXIV Teste (Lição n.6)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- Os espíritos que rodeiam os médiuns são:
( ) a- Bons.
( ) b- Maus.
( ) c- Bons ou maus..
( ) d- Sempre bons.
1.2 Os médiuns só devem frequentar as reuniões onde encontrem:
( ) a- Espíritos bons.
( ) b- Espíritos Bons e maus.
( ) c- Espíritos Bons e maus com ambiente normais.
( ) d- Espíritos Bons e maus com ambiente altamente espiritualizados.
1.3- Qual a melhor atitude a tomar no caso de surgir problemas:
( ) a- Amar o próximo
( ) b- Abandonar o lar.
( ) c- Criar as condições para apaziguar os problemas.
( ) d- Deixar rolar.
1.4- Como fazer a preparação para o inicio da reunião:
( ) a- Fechar os olhos e esperar.
( ) b- Elevar o pensamento.
( ) c- Elevar o pensamento ao seu guia espiritual.
( ) d- Deixar o pensamento vaguear
1.5- O que o Médium deve fazer?
( ) a- Exercitar a mediunidade.
( ) b- Estudar e depois exercitar a mediunidade.
( ) c- Deixar que Deus resolva.
( ) d- Deixar correr
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CURSO BÁSICO DA MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 7
XXV – Exercício Mediúnico
XXVI – Animismo
XXVII - Mini Grupos
XXVIII -Teste
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XXV - Exercício Mediúnico
1 - CONDIÇÕES FÍSICAS: Idade - Saúde - Equilíbrio Psíquico
“Todavia o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o desenvolvimento
dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em todos os casos se deve proceder
com grande circunspecção, não convindo nem excitá-las, nem animá-las nas pessoas débeis. Do seu
exercício cumpre afastar, por todos os meios possíveis as que apresentam sintomas, ainda que mínimos,
de excentricidade nas ideias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais...”( Ref. 1, cap. XVIII,
ponto 222, Pág. 266)
Sabemos que a faculdade mediúnica, em si, independe da condição física do médium. Assim, poderá
manifestar-se, com imensa intensidade, tanto no homem, quanto na mulher, na criança quanto no adulto
ou na pessoa de avançada idade. Do mesmo modo, o estado orgânico também não apresenta qualquer
obstáculo para o fenómeno mediúnico, podendo este se manifestar (aliás é muito comum) na pessoa
enferma física ou psiquicamente.
Essa espontaneidade não justifica, no entanto, que a criatura, em qualquer circunstância, venha
indiscriminadamente entrega-se ao exercício mediúnico. Deve, ao contrário, prevalecer o bom senso
que nos indicará o roteiro certo a seguir.
Uma criança, por exemplo, pelo simples facto de, espontaneamente ser um excelente sensitivo, não
pode trabalhar mediunicamente, sem sérios riscos para si própria. O exercício destas funções pode
causar sobreexcitação ao seu psiquismo e, independente disto, falta-lhe a experiência e
amadurecimento imprescindíveis para um trabalho de tal envergadura.
Uma pessoa muito idosa, da mesma maneira, poderá sentir dificuldade para atender regularmente a esta
sacrificial tarefa, pois sua própria constituição física oferece obstáculos, mormente, quando se trata da
mediunidade psicofónica, no trato com irmãos desencarnados em desequilíbrio.
O enfermo, por outro lado, também deverá se abster da prática mediúnica, que pode lhe acarretar
dispêndio de energias, prejudicial ao seu organismo.
Assim, pois, o médium amadurecido mental e psiquicamente, procurará valer-se das suas
possibilidades físicas e boa disposição orgânica, atendendo perseverantemente à nobre tarefa,
consoante a recomendação evangélica: Caminhai enquanto tendes a luz do dia.
2 - PREPARAÇÃO CONSTANTE: Alimentação - emoções - atitudes
“Nos problemas de intercâmbio com a Esfera superior, antes do progresso medianímico, há que
considerar o aprimoramento da personalidade para melhor ajustar-se à obra de perfeição geral”
“Antes de nos mediunizarmos, amemos e eduquemo-nos. Somente assim recebemos das ordenações de
mais alto o verdadeiro poder de ajudar.” (Ref. 4, Cap. 34, pág. 71)
O serviço mediúnico não se restringe à frequência do medianeiro às reuniões práticas do Espiritismo,
antes, exigi-lhe um esforço constante de preparação interior, através do qual poderá se apresentar ao
trabalho, na posição de instrumento fiel à Divina Vontade. Emoções equilibradas, atitudes dignas e
elevadas, alimentação adequada, mormente nos dias das reuniões, são factores imprescindíveis para
manter o médium na condição de servidor útil à Espiritualidade Maior.
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ALIMENTAÇÃO: A esse respeito, transcrevemos a seguinte página:
“A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual, será leve.
Nada de empanturrar-se o companheiro com viandas desnecessárias. Estômago cheio, cérebro inábil.
A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara e mais ampla
do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas actividades da desobsessão.
Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados de qualquer
anotação em torno da propriedade do álcool, acrescendo observar que os amigos ainda necessitados do
uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitantes, estão convidados a lhes reduzirem o uso,
durante o dia determinado para a reunião, quando não lhes seja possível a abstenção total,
compreendendo-se que a posição ideal será sempre a do participante dos trabalhos que transpõe a porta
do templo sem quaisquer problemas alusivo à digestão”. (Ref. 3, Cap. 2 pág. 14)
EMOÇÕES E ATITUDES
A disciplina de nossas atitudes e emoções também deve merecer a melhor atenção, pois, que, durante
toda a semana se nutre de emoções menos edificantes e entrega-se a atitudes não recomendáveis, não
pode esperar que, no horário destinado ao intercâmbio mediúnico venha “milagrosamente” modificar
sua tensão vibracional ou hálito mental, ao contrário, o acto de se entregar à concentração, procurando
alhear-se das interferências exteriores, faz com que, naturalmente, aflore na sua mente, os pensamentos
e anseios que normalmente acalenta em seu íntimo.
Toda a vigilância, portanto, é indispensável por parte do medianeiro, especialmente, nos dias
destinados às reuniões.
“No dia marcado para as tarefas de desobsessão, os integrantes da equipa precisam, a rigor, cultivar
atitude mental digna, desde cedo. Ao despertar pela manhã, o dirigente, os assessores da orientação, os
médiuns incorporadores, os companheiros da sustentação ou mesmo aqueles que serão visitas
ocasionais no grupo, devem elevar o nível do pensamento, seja a orar ou acolhendo ideias de natureza
superior. Intenções e palavras puras, atitudes e acções limpas. Evitar deliberadamente rusgas e
discussões, sustentando paciência e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobrevenham
durante o dia. Trata-se de preparação adequada o trabalho: A assistência a desencarnados menos
felizes, com a supervisão de instrutores da Vida Espiritual”.
“Imaginemo-nos no lugar dos Espíritos necessitados de socorro e compreenderemos a responsabilidade
que assumimos. Cada componente do conjunto é peça importante no mecanismo do serviço. Todo
grupo é instrumentação.” (Ref. 3, Cap. I pág. 12).
3 - PREDISPOSIÇÃO EVANGÉLICA: Auto-educação
“Onde a luz definitiva para a vitória do apostolado mediúnico?”
- Essa claridade divina está no Evangelho de Jesus, com o qual o missionário deve estar plenamente
identificado para a realização sagrada da sua tarefa. O médium sem Evangelho pode fornecer as mais
elevadas informações ao quadro das filosofias e ciências fragmentárias da Terra; pode ser um
profissional de renome, um agente de experiências do invisível, mas não poderá ser um apóstolo pelo
coração. Só a aplicação com o Divino Mestre prepara no íntimo do trabalhador a fibra da iluminação
para o amor, e da resistência contra as energias destruidoras, porque o médium evangelizado sabe
cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo
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de si mesmo, na dignificação da vida, sabendo, igualmente, levantar-se para a defesa da sua tarefa de
amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento oportuno.
O apostolado mediúnico, portanto, não se constitui tão-somente da movimentação das energias
psíquicas em suas expressões fenoménicas e mecânicas, porque exige o trabalho e o sacrifício do
coração, onde a luz da comprovação e da referência é a que nasce do entendimento e da aplicação com
Jesus Cristo.” (Ref. 2, pág. 137 ponto 411)
4 - SEGURANÇA COM NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE - Local para o exercício
mediúnico - prudência - simplicidade.
No atendimento da tarefa mediúnica, guardemos segurança íntima, com noção de responsabilidade;
nada de receios, quando nos predispomos ao trabalho com o Senhor, visando ajudar espiritualmente
todos os que se aproximam de nós.
Estejamos certos de que não nos podemos afastar do caminho que nos foi destinado, sem sérios
prejuízos para nós próprios. Todos temos compromissos do passado e precisamos aproveitar ao
máximo as oportunidades que o Senhor nos concede, atendendo de boa vontade ao trabalho que nos é
peculiar.
O estudo metódico torna-nos mais conscientes das nossas próprias necessidades, colocando-nos em
melhores condições para o trabalho.
Busquemos, ainda, no esforço constante, o arejamento mental e a vivência dos ensinamentos cristãos,
exemplificando o Evangelho e teremos a ajuda indispensável para que o nosso empreendimento na
Divina Seara alcance o êxito desejado.
Local para o trabalho - prudência - Simplicidade
“Médiuns que trabalham isoladamente.”
Fazem-no assim, geralmente, porque se atribuem com mediunidade educada.
Que é “Mediunidade Educada” ?
Incorporar nos momentos adequados.
Conservar posições correctas.
Controlar expressões verbais.
Conter impulsos para gritar, derrubar móveis e objectos, etc.
Motivos que levam o médium ao trabalho isolado:
Impulso, bem-intencionado, para o bem.
Desejo de angariar simpatias.
Alegação de que não encontram ambiente propício.
Super estimação da própria faculdade.
Há médiuns que:
Consideram o poder da sua faculdade acima do ambiente e das circunstâncias.
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Estão sujeitos a sérios perigos:
Médiuns que confiam cegamente em si mesmo, excluindo ou desprezando:
o O estudo evangélico-doutrinário;
o o bom senso;
o a lógica;
o os conselhos dos companheiros.
Um Espírito cruel e violento pode:
Subjugar o médium e provocar tumulto e confusão.
Factures que, em tese:
Podem levar Espíritos inferiorizados a se apossarem do médium:
o Estado psíquico do médium;
o Condições do ambiente;
o Desarmonia vibracional dos dois campos, o espiritual e o material, ou humano.
No centro espírita:
Há avançados recursos de amparo Espiritual, tais como:
o Protecção dos amigos espirituais;
o Colaboração dos companheiros responsáveis pela tarefa, no plano físico;
o Harmonia vibratória.
Resumo:
Quando o médium for chamado a socorrer alguém, fora do Centro Espírita, em carácter de
excepcionalidade, deve fazê-lo assistido por companheiros de confiança.
5 - REFERÊNCIAS:
1 - kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns”
2 - Emmanuel - “O Consolador”
3 - Luiz, André - “Desobsessão”
4 - Emmanuel - “Roteiro”
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XXVI - Animismo
1 – Classificação dos Fenómenos Mediúnicos Segundo AKSAKOF
Aksacof, no século passado, admitiu um tríplice determinismo para os fenómenos mediúnicos,
perfeitamente válido à luz dos conhecimentos actuais.
1. Fenómenos explicáveis unicamente pelas funções clássicas da subconsciência e que, portanto,
se situam nos domínios da psicologia - personismo (Aksacof), fenómenos subliminais (Myers),
automatismo psicológico (Janet).
2. Fenómenos explicáveis pelo que hoje denominamos funções Psi ou, como diziam os
metapsiquistas, “as faculdades supranormais da subconsciência”.
Aksacof reuniu-os sob a denominação de animismo, porque, na realidade, indicam que existe no
homem um sistema não físico, uma alma. Infelizmente, a palavra tem várias acepções. Aplica-se à
doutrina de Stahl que vê na alma o princípio da vida orgânica; significa a tendência a atribuir vida
anímica a todas as coisas, inclusive objectos “inanimados”.
O animismo, no sentido que lhe deu o sábio russo, é a terra própria da actual parapsicologia.
3. “Fenómenos de personismo e de animismo na aparência, porém reconhecem uma causa extramediúnica,
supra terrestre, isto é, fora da esfera de nossa existência”.
Adsakof - “Animismo e Espiritismo”.) Allan Kardec criou a palavra espiritismo para designar os
fenómenos desta natureza e suas implicações filosófico-religiosas.
2 - EXPLICAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA:
Grosseiramente, diríamos que o cérebro humano possui duas partes distintas no que se refere à sua
actuação durante o fenómeno mediúnico. A primeira delas é o subcórtex representado pela substância
branca existente no interior do cérebro, e a segunda é o córtex, representado pela substância cinzenta,
que envolve a anterior formando uma membrana de alguns milímetros de espessura. No córtex existem
por sua vez, duas partes bem configuradas, a anterior, conhecida como lobos frontais e uma outra que
compreende todo córtex restante. São chamadas respectivamente córtex frontal e córtex extra frontal.
Através do estudo de várias questões - ausência de diferenciação cortical nas crianças, psicocirurgias,
evolução do cérebro dos animais, etc. Os cientistas chegaram à conclusão que o subcórtex e as duas
partes do córtex desempenham tarefas definidas e específicas no mecanismo da estruturação mental.
“Em síntese, eis, segundo Pavlov os aspectos básicos de nossa estrutura mental:
I. Actividade subcortical, representada pelos reflexos incondicionados, inatos (actividades
fisiológicas, instintos, emoções).
II. Actividade cortical, que corresponde aos reflexos condicionados ou adquiridos e desenvolve-se
em dois sistemas:
a. Primeiro sistema de sinalização: Comum aos animais e ao homem, responsável pelo
pensamento figurativo, isto é, feito de imagens, concretas e particulares - os sinais da
realidade. O primeiro sistema tem como substrato anatómico todo o córtex situado fora
das áreas frontais e está em ligação directa com as vias aferentes que relacionam o
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cérebro com o mundo exterior. É a origem dos reflexos condicionados propriamente
ditos.
b. Segundo o sistema de sinalização: Característico da espécie humana e resultante do
desenvolvimento da linguagem, conjunto de “sinais de sinais” que possibilitam o
pensamento abstracto. Afirma Pavlov, citando seu predecessor Sctchenov, que “os
pensamentos são reflexos cujas manifestações exteriores estão inibidas”. Os lobos
frontais, onde se encontram os centros motores da palavra, são, principalmente, áreas de
associação (áreas pré-frontais) e representam a base estrutural do segundo sistema.
Em outras palavras, ainda de uma forma um tanto genérica, poderíamos admitir, sob o ponto de vista
reencarnacionista, que ao subcórtex corresponde o arquivo de nossas existências pretéritas e ao córtex,
em particular ao extra frontal, corresponde o arquivo da presente existência. O facto de as crianças
serem descorticadas, parece vir a favor de tal hipótese, pois desta forma, o cérebro perispiritual teria
plasmado durante a gestação, apenas o subcórtex, retratando nele somente a parte do seu acervo que se
torna necessária ao espírito durante esta última existência.
3 - O MECANISMO DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS:
Conjugando-se a classificação de Aksacof com a hipótese neurofisiológica apontada no item anterior
teríamos:
Os fenómenos personímicos ocorrem quando são feitas consultas ao córtex, ou seja, ao arquivo
da existência presente. Nesta ocasião são trazidos até à mesa mediúnicos factos pertencentes à
última encarnação do próprio médium.
Os fenómenos anímicos ocorrem quando a parte consultada é o subcórtex ou o que equivale a
dizer, o arquivo das existências pretéritas. Os acontecimentos que desta feita são relembrados
pertencem ainda ao Espírito do médium, apenas acontecerem em vidas anteriores.
Os fenómenos mediúnicos espíriticos ocorrem, só quando existe uma causa extra mediúnica, ou
seja, alheia ao médium. Nesta hipótese, haveria não só a consulta aos arquivos do próprio
espírito do médium, mas também, a participação, directa ou não, de outros Espíritos.
Neste ponto vale lembrar que é básico dentro do Espiritismo, que os fenómenos espíriticos não ocorram
isoladamente. Há sempre uma maior ou menor interferência do próprio médium, o que equivale a dizer,
que ocorrem ao mesmo tempo fenómenos personímicos e anímicos. As vantagens e os inconvenientes
deste facto serão examinados mais adiante.
4 - CORRELACIONAMENTO ENTRE ESPIRITISMO E ANIMISMO
O fenómeno anímico na esfera de actividades espíritas significa a intervenção da própria personalidade
do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à
conta de mensagens transmitidas além-túmulo.
Essa interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão subtil que o médium é incapaz de perceber
quando o seu pensamento intervém ou quando é o Espírito comunicante que transmite as suas ideias
pelo contacto perispiritual. Não podemos confundir o animismo com a “mistificação”, ou seja, a
deliberação consciente de enganar, resultado da má intenção.
A criatura anímica, quando em transe pode também revelar o seu temperamento psicológico, as suas
alegrias ou aflições, as suas manhas ou venturas, os seus sonhos ou derrotas. Se esta manifestação
anímica é assinalada por cenas dolorosas, factos trágicos ou detestáveis, então trata-se de médium
desajustado ou doente que necessita mais de amparo e orientação espiritual.
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A criatura que supera a maioria dos médiuns, pois se é inteligente, de moral superior e sensível à vida
espiritual angélica, não deixa de ser um médium intuitivo-natural, um feliz inspirado que pode absorver
directamente na Fonte Viva os mais altos conceitos filosóficos da vida imortal e as bases exactas da
disciplina espiritual.
Só o médium com propósitos condenáveis é que pode ter remorsos da sua interferência anímica, pois
nesse caso tratar-se-ia realmente de uma burla à conta de mediunismo. Não é passível de censura,
aquele que impregna as mensagens dos Espíritos com forte dose de sua personalidade mas o faz sem
poder dominar o fenómeno ou mesmo distingui-lo da realidade mediúnica.
Só há um caminho para qualquer médium conseguir o melhor êxito no seu trabalho mediúnico: É o
estudo incessante aliado à disciplina moral superior. Nenhum médium ignorante, fantasioso ou
anímico, se transformará num instrumento sensato, inteligente e arguto, se não o fizer pelo estudo ou
próprio esforço de ascensão espiritual.
5 - REFERÊNCIAS:
Aksakof, Alexander - “Animismo e Espiritismo”
Aksakof, Alexander - “Um caso de Desmaterialização”
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXVII Minigrupo (Lição n.7)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Expliquem quais as restrições que se colocam no desenvolvimento da mediunidade.
b) Quais os problemas que se colocam no desenvolvimento da mediunidade em crianças?
c) Para iniciarmos a mediunidade devemos ter algumas precauções. Quais são?
d) No que diz respeito á alimentação, quais os cuidados que devemos ter?
e) Quais os prós e contras que as nossas emoções e atitudes têm nos trabalhos espíritas?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2 .
a) Qual a atitude que a equipa de desobsessão deve tomar para o respectivo trabalho?
b) O que se entende por predisposição Evangélica?
c) O que é necessário ter para fazer um exercício mediúnico em segurança?
d) O que é uma mediunidade educada?
e) Quando é que o médium fica sujeito a uma série de perigos?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) O que se entende por explicação neurofisiológica?
b) Quais são os aspectos básicos da nossa estrutura mental segundo o Pavlov?
c) Como se classifica o mecanismo dos fenómenos mediúnicos segundo Aksacof?
d) Definam a ligação entre o espiritismo e animismo?
e) Qual o caminho para que o médium possa ter êxito no seu trabalho mediúnico?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4 (Para todos aqueles que trabalham às quartas feiras)
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXVIII Teste (Lição n.7)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- Uma criança deve ou não ser desenvolvida mediunicamente?
( ) a- Sim.
( ) b- Não.
( ) c- Nunca.
( ) d- Não sei
1.2 Devemos ter ou não cuidado com a alimentação?
( ) a- Sim.
( ) b- Não sei.
( ) c- Eu já não como pouco.
( ) d- Eu como o suficiente.
1.3- Quando podemos considerar um médium preparado?
( ) a- Incorpora nos momentos adequados e tem formação espiritual
( ) b- Impulso, bem intencionado, para o bem e super estimação da sua faculdade.
( ) c- Incorpora nos momentos adequados e angariar simpatias
( ) d- Impulso, bem intencionado, para o bem mas Alega que não encontra ambiente propício.
1.4- O animismo é um fenómeno provocado por:
( ) a- Fenómenos físicos.
( ) b- Fenómenos extras físicos.
( ) c- Fenómenos provocados por uma entidade obsessora.
( ) d- Fenómenos extras físicos provocados pela alma do médium.
1.5- Um médium devidamente preparado pode ou não praticar animismo inconsciente?
( ) a- Não.
( ) b- Sim
( ) c- Não sei.
( ) d- Não, se o faz, é porque é um médium impreparado.
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CURSO BÁSICO DA MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 8
XXIX– Mediunidade e Prece
XXX- Mini Grupos
XXXI- Teste
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XXIX - Mediunidade e Prece
1 - ASPECTO FORMAL
1.1 - PERANTE A ORAÇÃO - Ref. 1, pág. 78
Proferir a prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias, facilitando-se, dessa forma, a ligação
com os benfeitores espirituais.
A prece liga-nos com os Espíritos.
***
Tentar, sempre que possível, abandonar as fórmulas decoradas e a leitura maquinal das “preces
prontas”, e criar as expressões de improviso, em plena emotividade, na exaltação da própria fé.
Há diferença fundamental entre orar e declamar.
***
Abster-se de repetir em voz alta as preces que são proferidas por amigos ou outros nas reuniões
doutrinárias.
A oração, acima de tudo, é sentimento.
***
Prevenir-se contra a afectação e exibicionismo ao proferir essa ou aquela prece, adoptando prece,
adoptando a brevidade e espontaneidade em todas elas, para que não se façam veículo de intenções só
para mostrar boa impressão.
Fervor d'alma, luz na prece.
***
Com a postura de amor, recordar todos aqueles a quem tenhamos melindrado ou ferido, ainda mesmo
inconscientemente, rogando-lhes, em silêncio e à distância, o necessário perdão das nossas faltas.
Os resultados da oração assim como os resultados do amor, são ilimitados.
***
Evitar os pedidos incessantes de benefícios para si mesmo, centralizando o pensamento na intercessão
em favor dos menos felizes.
Quem ora em favor dos outros, ajuda-se a si próprio.
***
Controlar a modulação da voz nas preces públicas, para fugir à teatralidade e à rotina.
O sentimento é tudo.
***
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.”
Jesus. (Mateus, 26:41)
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2 - ASPECTO CIENTÍFICO
1- CARÁTER DA PRECE (Ref. 2, Pág. 74)
Não basta ter estabelecido as nossas relações com Deus. É necessário entrar em comunhão com Ele,
isto é, é necessária a oração. Eis aqui uma outra coisa elementar, geralmente não compreendida e que
também é necessário compreender, para não só alcançar o conhecimento da vontade de Deus, mas
também a adesão a ela e, com isto, a união mística da alma com Ele. Em geral não se sabe orar e assim
se explica o fraco resultado que obtemos com nossas orações.
A lei de Deus, que tudo regula, inclusive a nossa vida, não é e não pode ser um capricho, como
frequentemente cremos e como, tais como nós, assim desejaríamos, para que pudéssemos submeter à
nossa vontade. Nesta lei que guia e rege o universo, tudo é ordem, lógica, método e disciplina. O
contrário está apenas em nós, que somos um grosseiro esboço da sua realização e, por conseguinte, nos
encontramos muito longe da sua perfeição. A desordem não está na lei, nem em Deus, mas somente em
nós e a dor que lhe é consequente, não é uma absurda condenação de um Deus malvado, que nos criou
para atormentar-nos, mas é uma prova da Sua bondade, sabedoria e cuidado que nos dedica, visto que
por intermédio dela, Ele nos conduz pelo único caminho que nos pode proporcionar a felicidade,
sabiamente corrigindo-nos e ensinando-nos na escola da vida. A dor que tanto nos faz sofrer não é uma
violação da vida divina do universo, mas é justamente uma reintegração nela, ainda que seja há nossas
custas, o que é justo, porque fomos nós que livremente quisemos violá-la.
2 - MECANISMO DA PRECE
REFLEXO CONDICIONADO E MEDIUNIDADE (Ref. 3, Pág. 162)
Em toda parte, desde os amuletos das tribos mergulhadas em profunda ignorância até aos cânticos
sublimados dos santuários religiosos dos templos modernos, vemos o reflexo condicionado, facilitando
a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o plano espiritual.
Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de
apetrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo
forças do mesmo tipo que lançadas pelo operador desta ou daquela cerimónia, mágica ou religiosa e
pelas assembleias que os acompanham. Visando certos fins.
E compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora (planta usada
pelos bruxos para fazer os seus feitiços) para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta
procura induzir à emissão de energias do mesmo teor com que, à base de terror, assimila correntes
mentais inferiores, prejudicando a si mesma, sempre que não possua a integridade da consciência
tranquila; o sacerdote de classe elevada, toda vez que aproveita os elementos da sua fé para consolar
um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais
forma o clima adequado à recepção do auxílio da Esfera Superior; o médico que encoraja o paciente,
usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas,
pelas quais se relaciona com os poderes curativos em todos os recantos da natureza.
GRANDEZA DA ORAÇÃO (Ref. 3, Pág. 163)
Observamos em todos os momentos da alma, seja no repouso ou na actividade, o reflexo condicionado
(ou acção independente da vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) nas bases
das operações da mente, objectivando esse ou aquele género de serviço.
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Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, uma vez que só a conduta recta
sustenta o recto pensamento e de posse do recto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau
de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em
regime de comunhão com as Esferas Superiores.
De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer
posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros que possa dispor.
No reconhecimento ou não da petição, na diligência ou na felicidade, na alegria ou na dor, na
tranquilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis,
sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, fechada no
sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.
A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor, semelhante a uma estrela, aberta diante
do infinito, absorvendo-lhe a vida e a luz. resposta superior
Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, levando-as à
mudança.
3 – Mecanismo de funcionamento da prece.
O Espiritismo, na sua vertente científica (embora seja útil para melhor compreensão termos noções de
física, ciências, biologia, fluidos, magnetismo, electromagnetismo, electricidade, telecomunicações,
etc.), permite esclarecer com uma sintética noção qual é o mecanismo da prece.
A prece é uma projecção do pensamento, a partir do qual se irá estabelecer uma corrente fluídica cuja
intensidade dependerá do teor vibratório de quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois
nesta relação fluídica o homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores para lhe inspirar bons
pensamentos. Porquê os pensamentos? Porque são a origem de quase a totalidade das nossas acções.
(Primeiro pensamos depois agimos).
Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação e que por meio dela pomos o pensamento em
contacto com o ente a quem nos dirigimos.
A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança Deus, quando ditada pelo coração de
quem ora.
O Espiritismo faz compreender a acção da prece explicando o processo da transmissão do pensamento:
quer o ser por quem se ora venha ao nosso chamamento, quer o nosso pensamento chegue até ele.
Para compreender o que se passa nessa circunstância, convêm considerar todos os seres, encarnados e
desencarnados, mergulhados no mesmo fluido vital universal que ocupa o espaço, como neste planeta
estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a diferença que as vibrações do ar são
circunscritas ao planeta Terra, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Então, logo que o pensamento é dirigido para um ser qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado a
desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um para o outro, transmitindo o
pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão da energia do pensamento
e da vontade. É por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos onde quer que estejam; que eles se
comunicam entre si; que nos transmitem as suas inspirações; que as relações se estabelecem a distância,
etc.
Esta é a explicação da prece à luz do espiritismo científico.
Dissemos como se trata uma transmissão mental, logo nem toda a transmissão de pensamento merece
resposta, tal como nós, na Terra, não estabelecemos diálogo de qualquer maneira.
Quando as preces (louvor, pedido, agradecimento) são endereçadas aos bons Espíritos, que são os Seus
mensageiros e executores da vontade de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores,
pois nada se pode obter sem a vontade de Deus.
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A prece torna o homem melhor porque aquele que faz preces com fervor e confiança se torna mais forte
contra as tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir.
O essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios defeitos, porque a prece não redime as faltas
cometidas; aquele que pede a Deus perdão pelos seus erros, só o obtém mudando a sua conduta na
prática do bem. Deste modo, as boas acções são a melhor prece, e por isso os actos valem mais do que
as palavras.
Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos semelhantes, porque quem ora, actuando pela vontade
de praticar o bem, atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que se deseja
fazer.
Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas quais o homem tem que passar, ou até
mesmo desviar-lhe o seu curso, e isto, porque elas estão nas mãos de Deus e há que as suportar até ao
fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.
Deve-se considerar, também, que resposta superior aquilo que o homem implora corresponde ao que
realmente lhe convém, tendo em vista a sua felicidade futura. Deus, em Sua omnisciência e suprema
bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supomos, podendo a resposta a uma prece
vir por meios indirectos ou por meios de ideias com as quais saímos das dificuldades.
A prece em favor dos desencarnados não muda os desígnios de Deus a seu respeito; contudo, o Espírito
pelo qual se ora experimenta alívio e conforto ao receber o influxo amoroso dos entes que
compartilham de suas dores. Além do mais, o efeito benéfico da prece sobre o desencarnado é tal, que
pode levá-lo à consciencialização das faltas cometidas e ao desejo de fazer o bem.
É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua boa vontade.
Esse desejo de melhora, excitado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos bons que vêm
esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperanças.
4 - REFERÊNCIAS:
1 - Luiz, André - “Conduta Espírita”- obra mediúnica recebida por Waldo Vieira
2 - Ubaldi, Pietro - “Ascensões Humanas”
3 - Luiz, André - “Mecanismos da Mediunidade” - Obra mediúnica recebida por F.C.Xavier e Waldo
Vieira
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXX- Minigrupo (Lição n.8)
Minigrupo 1
a) Digam qual é a diferença fundamental entre orar e declamar.
b) Qual é a finalidade da prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias?
c) O que se entende por “Carácter da prece”?
d) Definam, reflexo condicionado e mediunidade.
e) Expliquem o que se entende por reflexo condicionado na “grandeza da oração”?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2
a) Digam o que a oração ajuda nos reflexos condicionados.
b) Sendo a prece de essência divina, que ajuda nos poderá dar nos reflexos condicionados?
c) O que é que nos faz “primeiro pensarmos e depois agirmos”?
d) Quando é que o homem alcança Deus através da prece?
e) Qual é a diferença entre uma prece decorada ou a prece sentida?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Digam como o espiritismo nos explica a transmissão do pensamento?
b) Toda a transmissão de pensamento tem resposta superior?
c) Podemos fazer bem ao próximo através da prece. Como?
d) Expliquem a prece à luz do espiritismo científico.
e) A prece quando feita para os desencarnados muda os desígnios de Deus a favor destes?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXXI- Teste (Lição n.8)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- Uma oração deve ser feita com:
( ) a - Carinho.
( ) b - vontade de sentir os espíritos.
( ) c - Sentimento.
( ) d - vontade de declamar.
1.2 A dor que tanto nos faz sofrer é uma violação Divina da vida?
( ) a - É uma violação ao nosso bem estar.
( ) b - É um ajustamento à integração na vida.
( ) c - É um castigo Divino.
( ) d - É um desajuste da lei divina.
1.3- Sendo a prece de essência divina, o que podemos esperar Dela?
( ) a - Que os espíritos gostem mais de nós.
( ) b - Que possamos retirar os melhores fluidos que existam em nós.
( ) c - Que nos dê tudo aquilo que pedimos?.
( ) d - Que nos faça bem à saúde.
1.4- Que fluidos são emanados pelos bruxos?
( ) a - Fluidos de afinidade negativa
( ) b - Fluidos de amor.
( ) c - Fluidos de afinidade Superior.
( ) d - Fluidos Superiores de ajuda ao próximo.
1.5- Que postura devemos ter quando fazemos uma prece?
( ) a - De elevação espiritual.
( ) b - De sentimento religioso.
( ) c - De sentimento espiritualista .
( ) d - Qualquer sentimento.
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(TEÓRICO/PRÁTICO)
LIÇÃO Nº 9
XXXII– Da Influência dos Espíritos nas nossas
Vidas
XXXIII- Mini Grupos
XXXIV- Teste
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XXXII - Da Influência dos Espíritos nas Nossas Vidas
1 - INFLUÊNCIAS OCULTAS OU OSTENSIVAS:
As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos atraem-nos para o bem, nos
sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos
impelem para o mal: É para eles um prazer ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles.
As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas verificam-se pela
influência boa ou má que exercem sobre nós à nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das
más inspirações.
As comunicações ostensivas dão-se por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações
materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumento.
2 - INFLUÊNCIAS BENÉFICAS OU PERNICIOSAS:
Sejam ocultas ou ostensivas, as influências espirituais podem ser BENÉFICAS, quando nos induzem
ao bem ou procuram auxiliar-nos e, PERNICIOSAS, quando nos induzem ao mal ou procuram
prejudicar-nos.
As influências benéficas dão-se por iniciativa dos espíritos amigos e simpáticos como: Mentores
espirituais do indivíduo; guias familiares: Espíritos responsáveis pelas colectividades; mentores dos
Grupos Doutrinários, etc.
As influências perniciosas são oriundas dos Espíritos inferiores; Espíritos levianos; adversários
espirituais; entidades que se condescendem com o mal, etc. Normalmente manifestam-se sob a forma
de obsessão.
3 - OBSESSÃO:
“Entre os Obstáculos que se apresentam na prática do Espiritismo, aparece na primeira linha a
obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos têm sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão
pelos Espíritos inferiores, que procura dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem.
Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se.” (Ref. 1 - item 237).
Obsessão simples:
“Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito mau se impõem a um médium, se imiscui, sem a sua
vontade, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com os outros Espíritos e se
apresenta em lugar dos que são evocados.”
“A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito, da qual a pessoa a quem ele actua não se consegue
desembaraçar.” (Ref. 1 - Item 238).
Fascinação:
Allan Kardec disse, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo de
obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que domina a mente do paciente,
distorcendo o seu senso de realidade. O Espírito obsessor planeia muito bem seu intento destrutivo e
procura envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas.
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As portas de entrada para a fascinação, como sempre, são as falhas morais. É no orgulho da sua vítima
que o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.
Para conseguir o seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado, fazendo-o sentir-se
infalível e autoconfiante. A ilusão é tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que
não lhe permite perceber o ridículo de certas acções que pratica.
Doutrinas absurdas, ideias contraditórias, teorias impraticáveis podem ser oriundas da acção de
médiuns ostensivos ou não, que estão sob o império da fascinação. A pessoa fascinada dificilmente
aceita a sua condição de enferma, o que dificulta a cura do processo obsessivo. Geralmente se aborrece
com as críticas e com as pessoas que não participam na sua forma de ver, afastando-se de quem procure
abrir-lhe os olhos.
Do simples e ignorante, ao intelectual e letrado, todos podem ser vítimas da fascinação.
“A fascinação tem consequências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela acção directa do
Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa, lhe paralisa o raciocínio,
relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam a enganar.”
“Efectivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a
apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias
mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações
ridículas, comprometedoras e até perigosas.” (Ref.1, item 239).
Subjugação:
A subjugação pode ser moral ou corpórea. No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio
sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao seu desejo. Na fascinação há
uma ilusão. Na subjugação, o paciente tem consciência do que lhe acontece.
Na subjugação corpórea, além de exercer o domínio psíquico, o obsessor atinge a parte fluídica
perispiritual do doente. Domina o seu corpo físico e, às vezes, numa crise semelhante à epilepsia, atirao
ao chão. Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias para dominar ou repelir o
mau Espírito, carece da intervenção de uma terceira pessoa com ascendência moral sobre ele, para
auxiliá-lo a sair da difícil situação.
“A subjugação é uma contrição que paralisa a vontade daquele que sofre e o faz agir contra a sua
vontade. Numa palavra: O paciente fica sob um verdadeiro jugo”. (Ref. 1, item 240)
Situações Obsessivas:
As obsessões, de um modo geral, não apresentam gravidade. São fáceis de serem tratadas pela
metodologia espírita. Só num pequeno número de casos há factores que facilitam a degeneração do
processo, culminando na fascinação ou subjugação. Em quase todos os processos obsessivos existem
duas partes envolvidas. Só na auto-obsessão, o indivíduo atormenta-se a si mesmo. Assim, podemos ter
os seguintes casos de situação obsessiva:
a)- De desencarnado para encarnado.
b)- De encarnado para desencarnado.
c)- De desencarnado para desencarnado.
d)- De encarnado para encarnado.
e)- Obsessão recíproca
f)- Auto-obsessão.
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4 - O TRATAMENTO DA OBSESSÃO:
"Quando o Espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o
achando, diz: voltarei para minha casa donde saí.
E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada.
Então vai, e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último
estado daquele homem se torna pior do que o primeiro" (Lucas, cap. 11, 24 – 26) (2).
A obsessão, como todas as enfermidades, podem ser curadas através de tratamentos especializados.
Para se tratar essa enfermidade espiritual, são necessários, alguns procedimentos terapêuticos:
a) Conscientização
Deve-se conscientizar o paciente da situação de enfermo em que se encontra, para que, com sua força
de vontade, possa ajudar-se na cura. Nenhum tratamento surtirá efeito se não contar com a vontade de
quem precisa dele.
b) Reeducação
É preciso orientar o assistido sobre a necessidade de melhoria da sua conduta na vida diária. Que se
esforce para evitar os vícios mais grosseiros e que procure controlar as suas más tendências. Sem essa
mudança de postura e de visão, dificilmente ficará livre das más influências, que predispõem aos
processos obsessivos.
É importante lembrar que os bons exemplos vindos de quem ministra a instrução é uma das grandes
armas na luta contra a obsessão.
c) Evangelização
Realçar sempre ao enfermo a necessidade de observar os ensinos morais do Evangelho de Jesus,
caminho seguro para a libertação dos males do Espírito. Orientar a necessidade da frequência regular à
casa espírita, até que a sua enfermidade seja curada ou esteja sob controle. Estimular o hábito da prece,
o mais poderoso auxílio no tratamento de obsedados.
d) Intercâmbio espiritual
Orientar moralmente o Espírito obsessor nas reuniões mediúnicas, evocando-o em médiuns preparados
para esta tarefa, aconselhando-o a seguir outro caminho que não o da vingança, da mentira ou dos
prazeres inferiores. Este trabalho de esclarecimento deve ser feito por pessoas com experiência e
conhecimento da ciência espírita, a fim de atingir os resultados esperados.
e) Reequilíbrio familiar
Sempre que possível, a equipe responsável pelo tratamento do enfermo deverá orientar moralmente a
sua família que, em muitos casos, está envolvida directa ou indirectamente na problemática obsessiva.
Além disso, o apoio e a compreensão dos familiares no processo de cura desta grave enfermidade
espiritual são fundamentais.
g) Tratamento médico
Nos casos em que o processo obsessivo se apresentar com grave comprometimento psíquico, o paciente
deverá receber assistência de um profissional habilitado, que lhe despenderá os cuidados necessários.
É importante ter consciência de que não podemos interferir nas prescrições médicas, tampouco
suspender medicamentos por conta própria.
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f) Ascendência moral
Para se conseguir bons resultados nas tarefas de desobsessão, é preciso que a equipa de atendimento
tenha ascendência moral sobre o Espírito obsessor e isso só é possível cultivando uma vida moral sadia.
O falar sem exemplificação transforma-se em letra morta. Jesus expulsava os maus Espíritos apenas
com o uso de sua autoridade moral. Disse que poderíamos fazer o mesmo.
Nota Final
Educar e desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos
cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a
sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita
paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre
persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação. A
humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade
no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.
Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade
mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar
aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os actos da vida.
A mediunidade desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental
e sensorial de coisas e factos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afecta com as suas
vibrações psíquicas e afectivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a
mediunidade se desenvolve do mesmo processo.
Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os
fenómenos se disciplinem e ele empregue acertadamente a sua faculdade. Não se deve colocar no
trabalho mediúnico aqueles que se apresentam com perturbações ou que possuam desconhecimento
sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de
passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.
É fundamental que o médium procure a sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma
compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc,
e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também
precisa de ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a
oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.
5 - REFERÊNCIAS:
1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns”
2 – Bíblia de 1969.
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXVII Minigrupo (Lição n.9)
Leia com atenção os textos distribuídos e responda, por escrito, às questões:
Minigrupo 1
a) Expliquem o que se entende por “comunicações ocultas e ostensivas”.
b) O que se entende por influências benéficas e perniciosas?
c) Definam o que se entende por “obsessão”.
d) O que se entende por “obsessão simples”?
e) Definam o que se entende por “Fascinação”
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 2 .
a) Quais as falhas morais que levam o médium à “Fascinação”?
b) Quais são as consequências morais provocada pela “Subjugação”?
c) Quais são as consequências “Corpóreas” provocadas pela “Subjugação”?
d) Em caso de obsessão como se deve consciencializar o paciente?
e) Em caso de obsessão como devemos reeducar o paciente?
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 3
a) Para que serve a Evangelização do paciente?
b) Para que serve o intercâmbio espiritual nas doutrinações?
c) Para que serve o reequilíbrio familiar nos pacientes com obsessão?
d) Quando é que um médium em desenvolvimento deve receber tratamento médico?
e) Comentem o texto “Nota final”.
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões.
Minigrupo 4 (Para todos aqueles que trabalham às quartas feiras)
Responder às questões dos Minigrupos 1, 2 e 3
Um elemento do grupo funcionará como secretário para posteriormente apresentar as conclusões
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CURSO BÁSICO DE MEDIUNIDADE
(TEÓRICO/PRÁTICO)
XXXIV- Teste (Lição n.9)
NOME:________________________________DATA: ___/___/ _____
MARQUE A ALTERNATIVA CORRECTA COM UM “X”.
1.1- O médico deve interferir no desenvolvimento do médium?
( ) a- Na doença física.
( ) b- Na mediunidade.
( ) c- No sistema imunológico.
( ) d- Na obsessão.
1.2 Qual é o pior tipo de obsessão?
( ) a- Obsessão simples
( ) b- Auto obsessão.
( ) c- Fascinação
( ) d- Subjugação
1.3- Para ter bons resultados nos trabalhos de desobsessão é preciso que a equipa:
( ) a- Saiba muita doutrina.
( ) b- Tenha ascendência moral sobre o espírito..
( ) c- Conheça a moral do espírito.
( ) d- Que tenha grande afinidade com os espíritos.
1.4- Em algum caso, a equipa de trabalhos deve interferir nos tratamentos médicos?
( ) a- Sim.
( ) b- Não.
( ) c- Pode aconselhar a ida ao médico.
( ) d- Não deve tomar qualquer atitude.
1.5- A mediunidade desenvolve-se naturalmente nas pessoas:
( ) a- Más.
( ) b- Com sensibilidade para a captação mental e sensorial.
( ) c- Com afinidade moral com as entidades.
( ) d- Boas.